Agressores tiveram “vontade livre e consciente de matar”, diz MP sobre morte de congolês no Rio
Segundo o apurado pelo MP-RJ, o crime foi praticado por motivo fútil, com emprego de meio cruel.
Por: Ícaro Gonçalves
Na última segunda-feira (21/02), os responsáveis pelo assassinato do congolês Moïse Kabagambe, morto no Rio de Janeiro a pauladas e ponta-pés em 24 de janeiro, foram denunciados à Justiça carioca pelo Ministério Público do estado. Segundo a denúncia, os agressores agiram com “vontade livre e consciente de matar”.
Além da denúncia, o MPRJ pediu a prisão preventiva dos agressores. “Em liberdade, os denunciados poderão causar risco à instrução criminal, em especial contra a família da vítima, pessoas socialmente vulneráveis”, declarou o promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça.
Segundo o apurado pela promotoria, o crime foi praticado por motivo fútil, com emprego de meio cruel – de acordo com o texto, “a vítima foi agredida como se fosse um animal peçonhento” – e sem possibilidade de defesa.
No dia do crime, a vítima havia discutido com Jailton, no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca. Nesse momento, o denunciado Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota, derrubou o jovem congolês, imobilizando-o, “sendo certo que Moïse Mugenyi Kabagambe já caiu indefeso”, afirmou o órgão.
Imobilizado, Moïse foi espancado com um taco de madeira por Fábio Pirineus da Silva, o Belo. O ato foi continuado por Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove. “Mesmo sem reagir, a vítima foi amarrada por Brendon e Fábio, sendo deixada caída, sem nenhuma defesa”, afirmou o MP-RJ.