IBGE: Taxa de desemprego cai em dezembro, mas número de desocupados continua alto

Embora o cenário tenha melhorado em 2021, o patamar pré-Covid ainda não foi recuperado.

Postado em: 25-02-2022 às 11h02
Por: Ícaro Gonçalves
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Embora o cenário tenha melhorado em 2021, o patamar pré-Covid ainda não foi recuperado | Foto: Reprodução

A mais recente divulgação da Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), publicada na quinta-feira (24/2) pelo IBGE, mostrou que a taxa de desocupação caiu para 11,1% no quarto trimestre de 2021, recuo de 1,5 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (12,6%). Já a taxa média anual dos trabalhadores desempregados ficou em 13,2%, o que indica uma tendência de recuperação frente à de 2020 (13,8%).

Embora o cenário tenha melhorado em 2021, o patamar pré-Covid ainda não foi recuperado. Em 2019, a taxa anual de desocupação havia sido de 12%. A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, explica que a desocupação em 13,2% é a segunda maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O número equivale a 13,9 milhões de desempregados no país.

“Muitas pessoas ao longo dos dois anos perderam suas ocupações e várias delas interromperam a busca por trabalho no início de 2020 por causa da pandemia. Em 2021, com o avanço da vacinação e a melhora no cenário, houve crescimento do número de trabalhadores, mas ainda persiste um elevado contingente de pessoas em busca de ocupação”, diz.

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Já a força de trabalho, que soma os trabalhadores ocupados e desocupados, aumentou 4,3% em 2021. Esse crescimento foi impactado pelo aumento de 5,0% na ocupação ou de 4,3 milhões de pessoas. Em 2021, os ocupados foram estimados em 91,3 milhões.

Contratações

O maior crescimento de contratados veio da construção (13,8%), que ocupou 845 mil pessoas a mais. O comércio, setor bastante impactado pela pandemia, teve ganho de 5,4% na comparação com 2020, o que representa um acréscimo de 881 mil pessoas. Mesmo assim, o contingente de trabalhadores desse segmento permaneceu menor que o de 2019, quando havia 18,1 milhões de pessoas ocupadas.

A indústria foi outra atividade que não conseguiu recuperar as perdas de 2020. Em um ano, houve aumento de 3,9% ou de 446 mil pessoas trabalhando no setor. Mas na comparação com 2019, o número de trabalhadores caiu 3,1%.

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