Obesidade: doença crônica atinge mais de um quarto da população brasileira; saiba como tratar

A procura por um profissional de saúde é essencial para iniciar o tratamento da obesidade, pois cada pessoa tem um histórico diferente.

Postado em: 14-03-2022 às 09h34
Por: Alexandre Paes
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A procura por um profissional de saúde é essencial para iniciar o tratamento da obesidade, pois cada pessoa tem um histórico diferente. | Foto: Reprodução/Internet

Os números da obesidade no Brasil têm crescido de modo expressivo em todas as faixas etárias. Entre os adultos, mais de 100 milhões estão acima do peso, com prevalência maior no público feminino (62,6%). A cada três crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, um está acima do peso, sendo 11% com obesidade e 17,2% com sobrepeso.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, apontam que seis em cada dez brasileiros apresentam excesso de peso. A porcentagem de adultos com obesidade chegou a 26,8%, ou seja, mais de um quarto da população. Uma realidade alarmante que representa um grande problema de saúde pública e necessita de medidas urgentes para reverter a situação.

Os hábitos e o estilo de vida da população têm sofrido transformações através das décadas. Muitas crianças e adolescentes trocaram as brincadeiras ao ar livre por jogos eletrônicos e os alimentos industrializados ficaram cada vez mais acessíveis, tomando o lugar dos alimentos saudáveis.

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Além disso, a genética, hormônios, fatores psicológicos, alguns medicamentos e complicações neurológicas podem levar ao ganho de peso. Até 70% das causas da obesidade podem estar relacionadas à genética, histórico familiar e etnia, fatores que não estão sob nosso controle.

Especialistas apontam que a obesidade é uma doença crônica, e a Organização Mundial de Saúde (OMS) à define como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. Sua principal causa é a desproporção energética entre as calorias consumidas e as calorias gastas.

Esse processo provoca um desequilíbrio geral no organismo, que pode desencadear ou agravar muitas outras doenças como: diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares (hipertensão, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca congestiva e embolia pulmonar), apneia do sono, problemas no fígado, de circulação sanguínea e até alguns tipos de câncer.

Por ser uma doença multifatorial, que engloba fatores genéticos, metabólicos, sociais e psicológicos, a obesidade exige tratamento multidisciplinar, individualizado e a longo prazo. A boa notícia é que todos os tipos de obesidade (leve, moderada e grave) têm tratamento, que deve ser contínuo, como no caso das demais doenças crônicas.

A procura por um profissional de saúde é essencial para iniciar o tratamento, que deverá ser personalizado, pois cada pessoa tem um histórico diferente. Em alguns casos, pode ser recomendado o uso de medicamentos e, em outros, até mesmo, uma cirurgia.

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