Quiosque em Madureira será administrado por família de congolês que foi espancado e morto

O quiosque no Parque Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, será administrado pela família do congolês Moïse Kabagambe, que foi espancado e morto no dia 24 de janeiro de 2022. Inicialmente, o município havia oferecido a concessão do quiosque Tropicália – onde Moïse trabalhava e foi morto -, mas os familiares do congolês não aceitaram por razões de segurança.

A Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento informou, por meio de nota, que o secretário Pedro Paulo Carvalho negociou com a família do rapaz. “A decisão foi tomada em comum acordo com os parentes do congolês, que preferiram não assumir a operação dos estabelecimentos oferecidos inicialmente, na orla da Barra da Tijuca. Os detalhes da operação, ainda em parceria com a Orla Rio, serão divulgados dentro dos próximos dias”.

Além disso, segundo o advogado da família, Rodrigo Mondego, a estrutura do local e o maquinário serão doados pela Orla Rio, responsável pela administração dos quiosques.

Caso

O congolês Moïse Kabagambe foi espancado no quiosque Tropicália, no Rio de Janeiro, fato registrado pelas câmeras de segurança do local. Pelas filmagens, é possível ver que o rapaz foi derrubado no chão por um homem e recebeu vários golpes, tanto deste quanto de outros agressores. Mesmo após ter sido imobilizado e estar desacordado, os homens continuaram batendo.

Três homens foram presos temporariamente pelo espancamento de Moïse, os quais tiveram prisão confirmada em audiência de custódia.