Pai do garoto que matou mãe e irmão por causa do celular revela que não desistiu do filho

Segundo ele, o filho foi influenciado por jogos, mas não é “um menino mau”

Postado em: 31-03-2022 às 14h30
Por: Augusto Sobrinho
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Segundo ele, o filho foi influenciado por jogos, mas não é “um menino mau” | Foto: Reprodução

O policial reformado, Benedito da Silva Araújo, de 57 anos, pai do garoto, de 13 anos, que matou a mãe e o irmão após ser proibido de usar o celular, revela que não desistiu do filho e promete “cuidar dele com muito amor”. O crime ocorreu, no dia 19 de março, na cidade de Patos, na Paraíba, e foi motivado pelo jogo Free Fire e o anime Naruto, segundo o próprio militar.

O delegado Renato Leite, que investiga o caso, contou ao Uol que o pai do adolescente tomou o celular dele por tirar notas baixas no bimestre escolar e saiu de casa para ir à farmácia. Neste momento, o garoto pegou uma arma, que estava guardada no armário do escritório da casa, e atirou na cabeça da mãe enquanto ela dormia.

Quando o policial chegou em casa, encontrou os dois filhos “brigando” no quarto e ao tentar pegar a arma foi baleado no peito. O filho mais novo, de 7 anos, tentou ajudar o pai, mas também foi atingido nas costas e morreu no local. Após isso, o suspeito devolveu a arma para o armário e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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O policial foi internado na Unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande (PB) e, atualmente, não consegue mover os membros inferiores. Apesar do ocorrido, o advogado de defesa Aylan da Costa Pereira afirma que ele pretende cuidar do seu filho.

“Ele tem que ficar em liberdade, ele é uma criança boa, vou cuidar dele com todo o meu amor. O incidente foi uma coisa muito dura para a gente, mas isso não quer dizer que ele seja um menino mau”, disse Benedito em áudio divulgado pelo Diário do Nordeste. O adolescente está detido no Centro Especializado de Reabilitação de Sousa.

Para o pai, o filho foi influenciado por colegas de classe, o jogo “Free Fire” e o anime “Naruto”. Durante as investigações, o jovem confessou o crime e disse que se sentia “pressionado para tirar boas notas na escola, mas queria estar em casa jogando”, disse. Ele aguarda audiência sobre o caso.

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