Estudo aponta aumento na presença de subvariante da Ômicron no Brasil

Dados divulgados partiram do sequenciamento de 1.766 genomas no IOC/Fiocruz e outras cinco unidades da Fundação

Postado em: 08-04-2022 às 17h10
Por: Maria Paula Borges
Imagem Ilustrando a Notícia: Estudo aponta aumento na presença de subvariante da Ômicron no Brasil
Dados divulgados partiram do sequenciamento de 1.766 genomas no IOC/Fiocruz e outras cinco unidades da Fundação | Foto: reprodução

Dados divulgados pela Rede Genômica Fiocruz, nesta sexta-feira (8/4) mostram que o sequenciamento de amostras do SARS-CoV-2 no Brasil aponta um aumento da presença da BA.2, subvariante da Ômicron. As amostras analisadas foram sequenciadas até o dia 31 de março. O indicativo mostra que a subvariante esteja ganhando espaço no país, como aconteceu nos Estados Unidos e Europa, mas os pesquisadores avaliam que são necessários mais dados para que o processo seja confirmado.

A subvariante BA.2 foi identificada, em fevereiro, em 1,1% dos genomas sequenciados. Em março, o percentual subiu para 3,4%.

Os dados acumulados mostram que as linhagens BA.1 e BA 1.1 ainda respondem pela maior parte das amostras com a Ômicron, mas a BA.2 já foi contabilizada em 151 genomas.

Continua após a publicidade

Desde a disseminação da Ômicron, a variante é dominante no país. No estudo desta sexta-feira, a Fiocruz acrescenta que a Ômicron levou mais tempo para se tornar dominante na Região Norte, mas agora domina completamente o cenário epidemiológico do vírus no país.

O estudo se deu a partir do sequenciamento de 1.766 genomas no Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e em outras cinco unidades da Fiocruz, no Amazonas, Ceará, Pernambuco, Paraná e Bahia.

Na última quinta-feira (7/4), o Ministério da Saúde informou que o Instituto Butantan encontrou a primeira pessoa no país infectada com a subvariante XE da Ômicron, combinando características das subvariantes BA.1 e BA.2.

Segundo o Instituto Butantan, a taxa de crescimento da XE é 10% superior à da cepa BA.2, mas não existem evidências de mudanças, vantagens e desvantagens da nova variante em questão de gravidade, transmissão e eficácia dos imunizantes.

Veja Também