“Vamos ter que conviver com ela”, diz Queiroga sobre covid-19 após fim da Emergência de Saúde Pública

Apesar da suspensão da Espin, a covid-19 continua sendo a doença que mais mata no Brasil, apontam os dados mais recentes dos cartórios de registro civil.

Postado em: 18-04-2022 às 12h35
Por: Ícaro Gonçalves
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Apesar da suspensão da Espin, a covid-19 continua sendo a doença que mais mata no Brasil, apontam os dados mais recentes dos cartórios de registro civil | Foto: Reprodução

Após o Ministério da Saúde anunciar no domingo (17/4) o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), imposta pela pandemia de covid-19, o ministro Marcelo Queiroga disse hoje que o Brasil vai “ter que conviver” com a doença. “A covid não acabou e não vai acabar, pelo menos nos próximos tempos. Vamos ter que conviver com ela”, disse o ministro durante coletiva de imprensa.

“Essa norma reconhece o que nós já vivemos no Brasil normalmente. Nenhuma política pública de saúde será interrompida”, continuou o ministro.

O estado de Emergência de Saúde Pública havia sido decretado pelo governo federal em 2020, quando possibilitou a compra de materiais hospitalares por bens públicos com mais celeridade, além da aplicação emergencial de vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) — caso da CoronaVac, que ainda depende deste aval de emergência para ser aplicada no país.

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Apesar da suspensão da Espin, a covid-19 continua sendo a doença que mais mata no Brasil, apontam os dados mais recentes dos cartórios de registro civil. Segundo o consócio de veículos de imprensa, o Brasil registrou 18 novas mortes pela doença no último domingo (17/4) e uma média móvel de 100 óbitos na última semana.

“Não poderia acontecer”

Em entrevista, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse discordar da ação do ministro da Saúde: “É uma atitude intempestiva. Não poderia acontecer nesse momento. Hoje temos um país desigual na vacinação. Não falo de São Paulo, que é uma realidade muito diferente do Brasil.”

“Seguramente temos que entender que temos de manter as estratégias. Elas ajudam os estados tanto para compra de insumos para covid, quanto para as vacinas, as restrições. Temos de ter essa compreensão”, concluiu.

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