Show, comida e bebida de graça: empresas tentam atrair funcionários para retorno ao presencial

Especialistas afirmam que “incentivos” e “recompensas” são mais eficazes que “punições”

Postado em: 22-04-2022 às 16h30
Por: Augusto Sobrinho
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Especialistas afirmam que “incentivos” e “recompensas” são mais eficazes que “punições” | Foto: Reprodução

Após dois anos sendo instruídos a trabalhar de casa para evitar a disseminação da Covid-19 no ambiente da corporação, muitos profissionais perceberam que o Home Office é mais atrativo do que o presencial. Entretanto, grandes empresas de tecnologia do mundo estão se empenhando para fazer o caminho contrário.

Sem gastar tempo no trânsito, com almoços caseiros e roupas confortáveis, trabalhar de casa pode ser bem menos estressante e mais confortável para muitos funcionários. Por outro lado, as empresas têm escritórios vazios e computadores inutilizados que precisam voltar ao uso.

Pensando nisso, empresas como a Google, Microsoft, Apple, Meta e a fabricante de chips Qualcomm, que já são famosas por seus ambiente de trabalho “descontraídos”, estão se empenhando para trazer de volta aos escritórios os funcionários, que se adaptaram bem a modelo remoto e não querem sair dele.

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Entre as ações, essas empresas têm oferecido shows, happy hour, degustação de cerveja e vinho, pizzas, sanduíches, cafés especiais, jogos e até brindes de graças para chamar a atenção dos funcionários. Especialistas percebem essas atividades como “incentivos” e “recompensas”, que são mais eficazes que “punições”.

“Essas comemorações e regalias são um reconhecimento por parte das empresas de que sabem que os funcionários não querem voltar ao escritório, certamente não com a mesma frequência de antes”, afirma Adam Galinsky, professor da escola de administração da Universidade Columbia, à Folha.

Segundo ele, as empresas estão optando por recompensar os trabalhadores por entrarem no escritório em vez de puni-los por ficar em casa. Vale destacar que essas companhias investiram bilhões de dólares para construção dos escritórios e que a inutilidade deles acaba sendo prejudicial.

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