Suspeito de matar ator Rafael Miguel usava disfarces para fugir da polícia; veja quais eram eles

Os diferentes rostos Cupertino transitavam entre trabalhador de uma fazenda à vendedor de lanches.

Postado em: 18-05-2022 às 15h12
Por: Victória Vieira
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Os diferentes rostos Cupertino transitavam entre trabalhador de uma fazenda à vendedor de lanches | Foto: Reprodução/ Polícia Civil

Durante a segunda-feira (16/5), em São Paulo, o suspeito de matar o ator Rafael Miguel e seus pais, Paulo Cupertino Matias, foi preso após quase três anos do assassinato. Incluído na Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal, Interpol, Cupertino estava em primeiro na lista dos criminosos mais perigosos e procurados de São Paulo.

Enquanto estava foragido, o assassino adotou inúmeros disfarces usados para se esconder dos investigadores. Os diferentes rostos Cupertino transitavam entre trabalhador de uma fazenda à vendedor de lanches. Ele passou por oito estados e três países, sendo eles: Paraguai, Argentina e Bolívia. Antes de ser preso, o homem andava pelos corredores do hotel, evitando olhar para as câmeras, carregando uma bengala e usava duas máscaras com um chapéu.

Em seu último disfarce, Paulo Cupertino apareceu de cavanhaque e barba pintada | Foto: Reprodução

Segundo informações da Policia Civil, para conseguir atravessar a fronteira do país, Paulo usou documentos falsos em que seu nome constava como Manoel Machado da Silva. Logo depois, ele instalou-se no sítio em Eldorado, localizado no Mato Grosso do Sul, onde trabalhava como caseiro. Relatos anônimos vindo de funcionários, diziam que ele era uma pessoa antissocial, não convivia muito próximo com outros funcionários, mas era sempre “bonzinho”. Paulo Cupertino era chamado de “Papai Noel” no trabalho, por estar caracterizado com uma barba longa e branca.

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Além disso, o criminoso também se passava por pintor, levando consigo uma calça de grife com marcas de tinta e um par tênis. O criminoso apareceu com outros visual, carregando malas em Corumbá, Município no Mato Grosso do Sul. Em Paraguai, ele era dono de uma banca de lanches. Ao longo desses quase três anos, foram mais de 300 denúncias. A delegada Ivalda Aleixo, explica que o motivo pelo qual Cupertino conseguiu se disfarçar era porque trabalhava o todo tempo. “Só voltou para São Paulo há aproximadamente 30 dias porque estava com muita saudade dos filhos e que ele precisava de dinheiro, que ele realmente estava sem nada de dinheiro. E que esse tempo todo foi trabalhando, fazendo pequenos bicos para lá e para cá”, disse.

O kit de disfarce foi apreendido no quarto do hotel, na Zona Sul, em São Paulo. Estavam contidos três chapéus, um paletó, uma calça, um par de tênis, bengala e uma carteira de habilitação falsificada.

Disfarces de Paulo Cupertino | Foto: Divulgação/ Polícia Civil

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