Hospital terá que pagar tratamento médico após deixar bebê cair durante o parto, em Minas Gerais

O caso ocorreu no dia 6 de maio, na sala de espera da unidade de saúde. Em descumprimento das medidas será cobrado por dia uma multa no valor de R$ 5 mil.

Postado em: 24-05-2022 às 17h04
Por: Victória Vieira
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O caso ocorreu no dia 6 de maio, na sala de espera da unidade de saúde. Em descumprimento das medidas, será cobrado por dia uma multa no valor de R$ 5 mil. | Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (23/5), a justiça de Minas Gerais, determinou que o Hospital Sofia Feldman, localizado bairro Tupi, na região norte de Belo Horizonte, terá que pagar tratamento médico, cirúrgico e psicológico ao bebê que caiu durante o parto e sofreu traumatismo craniano. O caso ocorreu no dia 6 de maio, na sala de espera da unidade de saúde. Em descumprimento das medidas, será cobrada por dia uma multa no valor de R$ 5 mil.

A paciente Josiane Marques Pereira chegou a maternidade quando começou a sentir as primeiras contrações. A gestante esperou por 40 minutos para ser atendida, entretanto, houve o nascimento inesperado. Josiane entrou em trabalho de parto na recepção do hospital e, sem a atenção necessária da maternidade. A criança caiu no chão e acabou sofrendo traumatismo craniano. A recém- nascida foi transferida para o Hospital João XXIII, onde teve que passar por cirurgia. Logo em seguida, teve que ser internada no Hospital João Paulo II, recebendo alta na quarta-feira (11/5). Felizmente, a menina passa bem.

De acordo com os pais, o hospital foi negligente aos procedimentos e cuidados com o paciente. “Eu via gente entrando e saindo e ninguém me chamava. As contrações foram aumentando e fui perdendo a paciência. Perguntei o por quê da demora e falaram que eu seria a próxima. Entre o estouro da bolsa e ela nascer, foi um minuto. E aí, bateu no chão. É uma cena que nunca vou esquecer”, comentou Josiane.

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A Polícia Federal está investigando o caso, mas até o momento, Armando Ghedini Neto, juiz da 8ª Câmara Civil de Belo Horizonte, responsável pela decisão, determinou que é fundamental a apresentação de imagens no circuito interno e o prontuário da paciente, em até 5 dias.

Para que a recém-nascida não tenha ainda mais sequelas do acidente, é necessário um apoio médico rápido e de qualidade. “Se não lhe for garantido o fornecimento do procedimento cirúrgico e psicológico, com a urgência requerida, a inércia prolongada durante o tempo pode gerar consequências ainda maiores, principalmente ao desenvolvimento da saúde da incapaz, colocando em risco a sua vida”, disse o juiz.

Em defesa, o Hospital declarou que irá cumprir com todas as decisões propostas pela Justiça, porém, irá entrar com recurso contra a acusação. “A decisão foi proferida apenas com base na narrativa dos autores, antes que pudéssemos manifestar nos autos”, enfatizou a instituição. Ainda em resposta, a maternidade alega que as provas apresentadas para a Justiça e imprensa, desmentem a narrativa inicial. Eles terminam dizendo que não houve qualquer falha na assistência dispensada à paciente e todos os cuidados foram tomados após o nascimento da criança.

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