Especialistas apontam que vacina de spray nasal é fundamental para o fim da pandemia; saiba como funciona

De acordo com os especialistas, é necessário existir novas medidas avançadas, isto é, vacinas que funcionem contra todas as variantes do vírus.

Postado em: 06-06-2022 às 13h41
Por: Victória Vieira
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De acordo com os especialistas, é necessário existir novas medidas avançadas, isto é, vacinas que funcionem contra todas as variantes do vírus | Foto: Reprodução/ Getty Image

As vacinas foram os principais recursos no combate contra a Covid-19. Graças aos imunizantes a taxa de contaminação e mortalidade, diminuíram, ou seja, caso a pessoa se contamine, ela terá poucas ou nenhuma complicação. Até agora, os resultados têm sido positivos, porém, os cientistas estão preocupados.

“Para a proteção, para a hospitalização, doença severa, doença grave, morte, ela ainda continua. Mas também estamos começando a ver uma queda nessa proteção”, relata a vice- presidente do Instituto Sabin/EUA, Denise Garrett. Segundo estudos, há uma queda da proteção entre quatro ou cinco meses após a vacinação.

De acordo com os especialistas, é necessário existir novas medidas avançadas, isto é, vacinas que funcionem contra todas as variantes do vírus. “Seria uma vacina quase que universal, e essa seria o próximo passo em termos de vacina”, enfatizou. Para impedir as infecções, a aplicação deveria ser feita na mucosa nasal, local onde ocorre a entrada do vírus. Essa é uma medida fundamental para chegar ao fim da pandemia. Por isso, existe a vacina de spray nasal. Mas como funciona a aplicação do imunizante?

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A contaminação entra pelas vias respiratórias, logo depois, multiplica-se pelas mucosas. Essa região não é alcançada pelos anticorpos oferecidos pela vacina. Entretanto, com a aplicação do spray, o ataque ocorreria inicialmente e impediria a proliferação do vírus.

“Você elimina o vírus na entrada. Porque as pessoas, mesmo vacinadas atualmente, podem ainda infectar o nariz e distribuir o vírus para várias outras pessoas”, comenta o imunologista e diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, Jorge Kalil. Com isso, indivíduos vacinados não se contaminam e nem conseguem o devido tempo para contaminar outra pessoa, consequentemente, o vírus para de circular. A ação é imediata.

Em outubro do ano passado, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor) estaria desenvolvendo uma vacina em formato de spray nasal contra a Covid-19. Jorge havia dito que a expectativa era do novo imunizante estar disponibilizado para a aplicação na população até o final de 2022. “Se tudo der absolutamente certo… Até o fim do ano que vem, a gente teria o spray nasal, a vacina.”, declarou.

No inicio deste ano, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, permitiu a solicitação da Belcher Farmacêutica, autorizando o registro e distribuição do imunizante. Ele é um produto fabricado pela Nasus Pharma, biofarmacêutica israelense.

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