Bolsonarista que matou petista tem alta e vai para prisão

Jorge foi denunciado pelo MP-PR sob acusação de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum.

Postado em: 11-08-2022 às 13h51
Por: Luan Monteiro
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Jorge foi denunciado pelo MP-PR sob acusação de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum. | Foto: Reprodução

O policial penal Jorge José da Rocha Guaranho recebeu alta médica na tarde da última quinta-feira (10/8) e deve ser encaminhado para o Complexo Médico Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Guaranho ficou um mês no hospital Ministro Costa Cavalcanti para se recuperar de ferimentos que sofreu em 9 de julho, quando matou o guarda municipal petista Marcelo Arruda, que revidou aos disparos antes de morrer.

Com camisas e cartazes em homenagem a Marcelo, manifestantes fizeram um ato em frente ao hospital, pedindo por justiça. Parentes e amigos do petista também lembraram que o assassinato completou um mês.

“Nos mobilizamos e resolvemos vir para a frente do hospital para fazer um manifesto pacífico. Que a Justiça seja feita e que acabe todo esse ódio”, disse Leonardo Miranda de Arruda, um dos filhos do guarda municipal assassinado.

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Jorge foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná sob acusação de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, com pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão. Ele teve a prisão preventiva decretada.

Após ser atingido por seis tiros, Jorge levou mais de 20 chutes na cabeça em pouco menos de seis minutos, como revelou o UOL, que teve acesso às imagens das câmeras de segurança no local do crime.

Os advogados de Guaranho chegaram a entrar com pedido de revogação da prisão preventiva para que ele permanecesse em prisão domiciliar “em razão do seu estado de saúde e da necessidade de cuidados médicos”. Mas o pedido foi recusado pela Justiça do Paraná.

Na decisão, o juiz Gustavo Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, afirmou ao dizer que Jorge possui personalidade “conflituosa, beligerante e intolerante”, e que o assassinato em ano eleitoral contrapõe a liberdade de escolha na hora do voto.

O magistrado argumenta que, o fato de Jorge atirar diversas vezes indica “audácia do agente e desconsideração com a vida de vítimas secundárias”.

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