Ex-executivo de empresa dona do TikTok acusa ‘ByteDance’ de realizar práticas ilegais

Atualmente a rede social enfrenta um futuro incerto, pois os legisladores republicanos querem banir a sua utilização no país

Postado em: 14-05-2023 às 09h55
Por: Victória Vieira
Imagem Ilustrando a Notícia: Ex-executivo de empresa dona do TikTok acusa ‘ByteDance’ de realizar práticas ilegais
Na última sexta-feira (12/5), o empresário entrou com uma ação legal acusando a "empresa de servir como uma ferramenta de propaganda para o Partido Comunista Chinês" (PCC) | Foto: Reprodução

A ByteDance, empresa dona da plataforma TikTok, está sendo acusada de realizar práticas ilegais. As declarações foram feitas por um ex-executivo que acabou sendo demitido e aponta que foi demitido por denúnciar os esquemas considerados criminosos.

Identificado como Yintao Yu, o homem informa que no primeiro dia do mês de maio em 2017 foi contratado pela ByteDance e meses depois descobriu que a empresa estava roubando e plagiando, ao publicar na própria plataforma os vídeos de outras redes, isto é, Instagram e Snapchat.

O processo aberto por Yu foi apresentado no tribunal de San Francisco e revelou que na época desempenhava o papel de chefe de engenharia da empresa. Segundo o executivo, ele teria alertado aos superiores que eles estavam realizando “roubo de propriedade”. Contudo, ao que parece, as práticas continuaram.

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A defesa do empresário concedeu um pronunciamento para a Agência de notícias internacionais (AFP), no sábado (13). De acordo com o advogado, o homem estaria interessado em apenas proteger os funcionários da empresa, priorizando a conduta ética que deveria ser seguida pelo TikTok.

“Meu cliente é o mais alto executivo da ByteDance a se manifestar publicamente”, declarou Charles Jung.
“Meu cliente está preocupado com a proteção dos dados dos usuários americanos, a conduta ética do aplicativo e o bem-estar dos funcionários da ByteDance”, acrescentou.

Yintao foi demitido em 2018, um ano após sua contratação. Na última sexta-feira (12/5), o empresário entrou com uma ação legal acusando a “empresa de servir como uma ferramenta de propaganda para o Partido Comunista Chinês” (PCC).

As acusações não param por aí, Yintao afirma ter testemunhado a empresa priorizar “conteúdos que expressão ódio pelo Japão” e “impedir materiais que falam a respeito do cenário de protestos em Hong Kong”. Com isso, o PCC teria tido acesso exclusivo do banco de dados dos Estados Unidos.

Atualmente a rede social enfrenta um futuro incerto, pois os legisladores republicanos querem banir a sua utilização no país. Segundo os dirigentes norte-americanos, o TikTok é cúmplice da China ao fornecer dados pessoais dos usuários sem o seu consentimento. Eles também apontam que o aplicativo manipula e influência a opinião do público. No entanto, o TikTok negou veemente as acusações.

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