Facções do Rio e de São Paulo “rejeitaram” metralhadoras furtadas do Exército

O fornecedor chegou a pedir R$ 350 mil em cada metralhadora .50 (antiaérea) e R$ 180 mil pelos fuzis

Postado em: 23-10-2023 às 09h45
Por: Redação
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O fornecedor chegou a pedir R$ 350 mil em cada metralhadora .50 (antiaérea) e R$ 180 mil pelos fuzis | Foto: Reprodução

As 21 armas de guerra furtadas do Exército chegaram a ser oferecidas para lideranças das facções do Rio de Janeiro e de São Paulo. Segundo a investigação, a venda só não ocorreu por conta do mau estado de conservação do armamento e ausência de peças.

Em uma primeira negociação, feita com integrantes do Comando Vermelho, os fornecedores não conseguiram emplacar a venda em razão da ausência de uma fita metálica necessária para inserir a munição nas armas. A informação foi confirmada ao portal Metrópoles por fontes da inteligência da Polícia Civil do Rio.

O arsenal de .50, capaz de derrubar helicópteros e veículos blindados, também foi oferecido a uma liderança do PCC. No entanto, o possível comprador descartou a compra por ter considerado as armas “velhas e em mau estado”.

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Valores

O fornecedor chegou a pedir R$ 350 mil em cada metralhadora .50 (antiaérea) e R$ 180 mil pelos fuzis. Os valores, considerados “justos” no mercado paralelo de armas pesadas, não foram suficientes para agradar os possíveis compradores.

Investigação

Pelo menos 20 militares estão respondendo a processos disciplinares por conta do furto das armas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri (SP), informou o Comando Militar do Sudeste. Cerca de 40 militares continuam sem poder deixar o quartel. Eles estão de prontidão para prestar informações sobre o caso. As informações foram divulgadas em entrevista coletiva neste domingo (22).  

“Todos os militares que concorreram para esse episódio inaceitável serão punidos disciplinarmente. Temos diversos militares do quartel que, por negligência, deixaram de agir na gerência, controle e fiscalização do material. Esse pessoal está sendo julgado administrativamente e pode ser preso administrativamente”, disse o chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, Maurício Vieira Gama. 

Estão respondendo ao processo administrativo aqueles que foram negligentes no trabalho. O processo está na fase de defesa desses militares. Depois dessa etapa, eles serão julgados e poderão ser presos disciplinarmente por até 30 dias. Segundo Gama, entre os militares que respondem a esse processo estão oficiais, sargentos, cabos e soldados.  

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