Envolvidos no furto de armas do Exército podem pegar até 27 anos de prisão

Além do furto, os militares também tentaram vender os equipamentos para facções do Rio de Janeiro e de São Paulo

Postado em: 25-10-2023 às 09h40
Por: Ícaro Gonçalves
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Além do furto, os militares também tentaram vender os equipamentos para facções do Rio de Janeiro e de São Paulo | Foto: Divulgação/PCSP

Os militares do Exército envolvidos no furto das 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra em Barueri podem pegar até 27 anos de prisão. Segundo a investigação, sete militares são suspeitos de participar do furtos das armas. Eles também tentaram vender os equipamentos para facções do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que, até o momento, que os militares podem ter cometido os seguintes crimes: furto, peculato e receptação, além de desaparecimento, consunção ou extravio. O oferecimento da denúncia vai ficar a cargo do Ministério Público Militar (MPM).

Além dos investigados pelo crime, outros 20 militares respondem a processos administrativos por suposta negligência no controle do armamento.

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Facções “rejeitaram” metralhadoras furtadas

As 21 armas de guerra furtadas do Exército chegaram a ser oferecidas para lideranças das facções do Rio de Janeiro e de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, a venda só não ocorreu por conta do mau estado de conservação do armamento e ausência de peças.

Em uma primeira negociação, feita com integrantes do Comando Vermelho, os fornecedores não conseguiram emplacar a venda em razão da ausência de uma fita metálica necessária para inserir a munição nas armas. A informação foi confirmada ao portal Metrópoles por fontes da inteligência da Polícia Civil do Rio.

O arsenal de .50, capaz de derrubar helicópteros e veículos blindados, também foi oferecido a uma liderança do PCC. No entanto, o possível comprador descartou a compra por ter considerado as armas “velhas e em mau estado”.

O fornecedor chegou a pedir R$ 350 mil em cada metralhadora .50 (antiaérea) e R$ 180 mil pelos fuzis. Os valores, considerados “justos” no mercado paralelo de armas pesadas, não foram suficientes para agradar os possíveis compradores.

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