O impacto dos frigoríficos no desmatamento Amazônico

A expansão das áreas destruídas pelas indústrias de carne

Postado em: 22-11-2023 às 18h11
Por: Luana Avelar
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Foto: Freepik

Um estudo realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) destaca que, apesar das alegações de esforços, os frigoríficos continuam a contribuir no desmatamento da região amazônica. A exposição dessas empresas a áreas devastadas cresceu consideravelmente, saltando de 6,8 milhões de hectares em 2016 para preocupantes 14,2 milhões de hectares em 2022.

O relatório destaca a ameaça de desmatamento, projetando que uma área equivalente ao estado de Alagoas, ou 20 vezes o tamanho da cidade de São Paulo, poderá ser perdida até 2025 se não houver uma fiscalização eficaz. Mesmo com um aumento de 34% nas adesões ao Termo de Ajustamento de Conduta, 61 estabelecimentos ainda se recusam a participar do acordo, representando 29% do total que poderá ser abatido na região.

Entre as empresas mais expostas a esse desmatamento, o ranking é liderado pela JBS, seguida por Vale Grande, Masterboi, Minerva e Mercúrio. Diante desse cenário, os especialistas enfatizam a necessidade urgente de aprimorar a fiscalização, propondo medidas como o rastreamento dos animais desde o nascimento. Contudo, a implementação desse controle só está prevista para 2025, um prazo considerado inaceitável pelos estudiosos diante da gravidade do problema que persiste por décadas.

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Os pesquisadores alertam que o Brasil pode enfrentar sérias repercussões no contexto do aquecimento global se não forem tomadas medidas imediatas. Ressaltam que ações focadas nas principais zonas de compra podem evitar grande parte do desmatamento projetado, apelando para uma resposta rápida diante das ameaças ambientais e do compromisso do país com a preservação da Amazônia.

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