Brasil enfrentará 704 mil novos casos de câncer por ano, alerta Inca

Regiões Sul e Sudeste são as mais afetadas; câncer de pele não melanoma lidera

Postado em: 27-11-2023 às 20h59
Por: Luana Avelar
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Foto: Freepik

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançou projeções para o Brasil no triênio 2023-2025, estimando que o país enfrentará um total de 704 mil novos casos de câncer a cada ano. Essa previsão coloca em destaque as regiões Sul e Sudeste, que concentram aproximadamente 70% da incidência da doença, tornando-se áreas críticas para estratégias de enfrentamento.

A ferramenta-chave para o planejamento e a gestão nesse cenário é a “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil”, que fornece informações para a definição de políticas públicas na área oncológica. O relatório apresenta estimativas para os 21 tipos de câncer mais comuns no país, revelando que o tumor maligno de pele não melanoma lidera, representando 31,3% do total de casos.

Ao desdobrar os números, fica evidente que o câncer de próstata é predominante entre os homens, totalizando 72 mil novos casos estimados anualmente no triênio, ficando apenas atrás do câncer de pele não melanoma. Nas regiões com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os cânceres colorretais ganham destaque, ocupando a segunda ou terceira posição.

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Já nas áreas de menor IDH, o câncer de estômago figura como o segundo ou terceiro mais frequente entre a população masculina.No universo feminino, o câncer de mama mantém sua posição como o segundo mais incidente, com previsão de 74 mil novos casos anuais até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas, o câncer colorretal é a segunda causa mais comum, enquanto em áreas com menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa a terceira posição.

Além das projeções específicas, é essencial compreender que o câncer é um conjunto de mais de 100 doenças, compartilhando o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. O Ministério da Saúde destaca que a doença, frequentemente desencadeada por mutações genéticas, não possui uma causa única, sendo influenciada por fatores externos e internos, como mudanças ambientais, hormônios e estilo de vida.

O desafio para o país reside não apenas nos números, mas na urgência de implementar medidas preventivas e estratégias eficazes para conter essa crescente onda de casos de câncer.

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