Estudo revela números sobre a violência policial na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Relatório aponta preocupações sobre o uso excessivo da força e necessidade de investigações mais detalhadas

Postado em: 28-11-2023 às 14h02
Por: Luana Avelar
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Foto: Policia Civil-RJ

Um estudo divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado nesta segunda-feira (27) revelou números sobre a violência policial na Região Metropolitana do Rio de Janeiro nos últimos sete anos. De acordo com o relatório, um total de 1.137 pessoas perderam suas vidas em ações policiais nesse período. Foram identificadas 283 chacinas, com uma média de três operações por mês.

O estudo também destaca que as ações policiais na região foram 71% mais letais em comparação com outras regiões. Esses dados levantam preocupações sobre o uso excessivo da força por parte das forças de segurança e levantam questões sobre os protocolos de treinamento e conduta adotados.

O Complexo do Salgueiro, localizado em São Gonçalo, foi apontado como o local com o maior número de chacinas, totalizando 66 mortes. Essa estatística evidencia a necessidade de investigações mais detalhadas e medidas efetivas para combater a violência nessas áreas.

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Diante das informações apresentadas pelo Instituto Fogo Cruzado, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Rodoviária Federal emitiram notas em resposta ao estudo.

“Quanto às ações da Polícia Civil, todas são realizadas por agentes capacitados, após minucioso planejamento, priorizando sempre a preservação de vidas, tanto dos policiais quanto dos cidadãos“, disse através do comunicado. “A instituição ressalta que possui a maior Agência Central de Inteligência do ramo da segurança pública estadual do país, onde estão concentrados todos os setores que buscam e produzem conhecimentos para assessorar na tomada de decisões estratégicas e operacionais de combate ao crime”, afirmou.

Já a Polícia Rodoviária Federal afirmou que “em casos de excesso ou quaisquer outras ilegalidades comprovadas, a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atua na apuração e aplicação das devidas penalidades, assim como compartilha as informações com os órgãos investigativos competentes, não compactuando com desvios de conduta“.

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