Nova pesquisa do IBGE revela desigualdade no mercado de trabalho

Pesquisa do IBGE aponta disparidades salariais e ocupacionais entre pessoas negras e brancas, além de revelar diferenças de gênero no ambiente de trabalho.

Postado em: 07-12-2023 às 20h10
Por: Luana Avelar
Imagem Ilustrando a Notícia: Nova pesquisa do IBGE revela desigualdade no mercado de trabalho
A pesquisa destaca que 40,9% do total de trabalhadores no país ocupam posições informais, evidenciando uma estrutura de emprego desigual. | Foto: Freepik

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que revelam desigualdades significativas no mercado de trabalho. Embora as pessoas negras constituam a maioria dos trabalhadores no país, enfrentam uma disparidade salarial, ganhando 61% menos em média do que seus colegas brancos. Além disso, ocupam predominantemente posições informais, com 40,9% do total de trabalhadores no país em empregos não formais.

O rendimento-hora médio para a população ocupada branca é de R$ 20, enquanto para a população ocupada negra é de apenas R$ 12,40. Essa disparidade é refletida em diversos setores, como serviços domésticos, construção e agropecuária, nos quais a maioria dos trabalhadores negros está concentrada. Essas ocupações são caracterizadas por rendimentos mais baixos.

A pesquisa do IBGE também destaca diferenças de gênero no mercado de trabalho. A taxa de ocupação para homens é de 63,3%, enquanto para mulheres é de 46,4%. Mesmo entre profissionais com ensino superior completo, a diferença persiste, com 84,2% dos homens ocupados versus 73,7% das mulheres.

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Além disso, a subocupação, que engloba aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais, gostariam de trabalhar mais e estão disponíveis, afeta 6,3% da população. A disparidade racial e de gênero é evidente nesse contexto, com 3,8% de homens brancos subocupados em comparação com 9,4% de mulheres negras na mesma condição.

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