Casal denuncia ateliê de SP por homofobia: “não fazemos convites homossexuais”

Com a repercussão, a empresa resolveu publicar uma nota de repúdio e um vídeo justificando que a decisão foi baseada em princípios cristãos, mencionando também o termo "heterofobia"

Postado em: 24-04-2024 às 16h39
Por: Rauena Zerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Casal denuncia ateliê de SP por homofobia: “não fazemos convites homossexuais”
O casal compartilhou em suas redes sociais que solicitou ao ateliê um orçamento para os convites de seu casamento programado para setembro deste ano I Foto: Reprodução/LssFotografia

Um casal denunciou ter sido vítima de homofobia após uma empresa de São Paulo se negar a fazer “convites homossexuais”, nesta quarta-feira (24/4). Henrique Nascimento, 29, e Wagner Soares, 38, relataram que foram surpreendidos após solicitarem um orçamento de convites e receberem a resposta de que o ateliê não prestava serviço para casais gays. 

O casal compartilhou em suas redes sociais que solicitou ao ateliê um orçamento para os convites de seu casamento programado para setembro deste ano. Eles recebiam atendimento pelo aplicativo de mensagens da empresa sem problemas, até o momento em que mencionaram os nomes dos noivos, revelando que se tratar de dois homens.

Nesse momento ao descobrir que se tratava de um casal homossexual, a resposta da atendente, foi a seguinte: “Peço desculpas por isso, mas nós não fazemos convites homossexuais. Seria bacana você procurar uma papelaria que atenda sua necessidade. Obrigada viu.”. 

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Veja trecho da conversa

No Instagram, Henrique contou que, junto ao noivo, foi registrar o boletim de ocorrência em uma delegacia. “O sentimento que tive é que eu tinha cometido um crime e que estava errado. Fomos recebidos de uma forma um pouco seca e não tivemos a abertura de relatar tudo o que aconteceu. Uma sensação horrível, nunca mais quero sentir o que senti hoje.”, relatou. 

Com a repercussão, a empresa resolveu publicar uma nota de repúdio e um vídeo justificando que a decisão foi baseada em princípios cristãos, mencionando também o termo “heterofobia”. Logo em seguida, as publicações foram apagadas pelo ateliê.

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