Justiça de SP decreta prisão preventiva de motorista do Porsche que provocou batida
Empresário dirigia a alta velocidade e embriagado quando colidiu com carro de aplicativo
Por: Vitória Bronzati
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A Justiça de São Paulo decretou, na noite desta sexta-feira (3), a prisão preventiva de Fernando Sastre de Andrade Filho, suspeito de causar um acidente fatal na madrugada de 31 de março, na Zona Leste da capital paulista. A decisão, tomada pelo juiz João Augusto Garcia da 5ª Câmara de Direito Criminal, tem como objetivo garantir a “regular instrução criminal” e evitar riscos de reiteração de crime, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Fernando dirigia um Porsche em alta velocidade quando colidiu com um carro de aplicativo, matando o motorista Ornaldo Viana, de 54 anos, e ferindo gravemente o passageiro. Testemunhas relataram que o empresário apresentava sinais de embriaguez e que sua velocidade ultrapassava 156 km/h na via, onde o limite era de 50 km/h.
De acordo com o parecer do TJ-SP, diversos indícios apontam para a embriaguez de Fernando no momento do acidente. Relatos de testemunhas, inclusive do frentista que o viu cambaleando ao sair do carro, reforçam essa hipótese. Além disso, o juiz destaca que a carteira de motorista de Fernando havia sido suspensa em outubro de 2023 por excesso de velocidade, e que ele a recuperou apenas 13 dias antes do acidente.
O parecer também menciona que Fernando se recusou a fazer o teste do bafômetro no local do crime. A promotora Monique Ratton, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), ainda ressalta que o empresário pressionou a namorada a negar que ele estivesse embriagado, em uma tentativa de justificar a recusa da prisão preventiva.
Na denúncia, ela aponta que o empresário pressionou a namorada a negar que ele estivesse embriagado no momento do acidente, em uma tentativa de justificar a recusa da prisão preventiva. Testemunhas, porém, confirmaram que havia ingerido bebidas alcoólicas em dois estabelecimentos antes de dirigir.
Outro fator que pesou na decisão da Justiça foi a fuga de Fernando do local do crime sem prestar socorro às vítimas. A defesa do empresário nega a fuga e argumenta que a mãe o levou para casa para “resguardá-lo de um linchamento”.
O MP-SP também acusa Fernando de tentativa de obstrução da justiça, alegando que ele pressionou a namorada a mentir sobre seu estado de embriaguez.
A defesa de Fernando ainda não se manifestou sobre a decisão da Justiça. O caso segue em investigação.