Mais de mil presos são transferidos após presídios enfrentarem alagamentos no Rio Grande do Sul
Presídios gaúchos ilhados e com problemas de abastecimento de água
Por: Ana Beatriz Santiago
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde o início da semana deixaram diversos presídios gaúchos ilhados e enfrentando problemas de abastecimento de água. O Ministério da Justiça solicitou informações ao governo estadual sobre as ações adotadas para lidar com as dificuldades enfrentadas nas unidades prisionais.
O município de Charqueadas foi uma das áreas mais afetadas pelas chuvas, com inundações causadas pela rápida elevação do Rio Jacuí, o que deixou presídios cercados pela água. Como medida de precaução, 1.057 presos foram transferidos da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ) para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Os demais detidos na PEJ foram realocados para as galerias superiores da própria casa prisional.
Em comunicado, a Secretaria de Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul informou que as transferências ocorreram em caráter emergencial e temporário, e que, quando a situação se normalizar, os presos retornarão às suas unidades de origem. Mesmo com as dificuldades de acesso, as penitenciárias de Charqueadas continuam operando normalmente, segundo a secretaria.
Outras penitenciárias do estado, incluindo a Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas, o Instituto Penal de Charqueadas, a Penitenciária Estadual de Charqueadas II e a Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro, também enfrentam problemas de isolamento, mas seguem funcionando dentro da normalidade.
Nas regiões do Vale do Rio Pardo, as unidades prisionais estão sem abastecimento de água e operam com reservas limitadas. Já nas penitenciárias do Vale do Taquari, o abastecimento de água tem sido realizado por meio de caminhões-pipa.
O Presídio Estadual de Arroio do Meio também foi atingido pelas chuvas e está isolado devido à queda de pontes e ao bloqueio de estradas locais. O Ministério da Justiça, por meio do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, enviou ofícios ao governo estadual solicitando informações sobre as medidas em andamento para garantir a segurança das pessoas privadas de liberdade e dos servidores locais.
