Guaíba recua gradativamente, mas segue acima da cota de inundação em Porto Alegre
Nível do lago oscila entre 4,52m e 4,54m no Cais Mauá; abertura de comporta facilita escoamento no centro histórico
Por: Vitória Bronzati
O nível das águas do Guaíba, que banha a capital gaúcha, segue em declínio desde o dia 15 de maio, mas ainda se mantém acima da cota de inundação de 3 metros. Segundo medições da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (Sema), na manhã deste sábado (18), a cota no Cais Mauá, próximo à Usina do Gasômetro, oscilava entre 4,52m e 4,54m.
A gradual diminuição do volume das águas permite que a população afetada pelas inundações retorne gradativamente às suas casas para avaliar os danos. Na sexta-feira (17), o Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre (Demae) abriu a comporta número 3, localizada no centro histórico da cidade. A medida visa facilitar o escoamento da água e acelerar o retorno do nível do rio ao seu leito natural.
Histórico e impactos das inundações
O nível do Guaíba atingiu seu pico histórico em 6 de maio, quando chegou a 5,33 metros. As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no início do mês provocaram inundações em 461 municípios, afetando mais de 2,3 milhões de pessoas. Até o momento, 94 pessoas estão desaparecidas, 806 permanecem feridas e 155 óbitos foram confirmados.
As ações de resgate e ajuda humanitária mobilizaram um efetivo de 27.716 pessoas, entre agentes do governo federal, estadual e municipal, além de voluntários. Até o momento, 82.666 pessoas e 12.215 animais foram resgatados.
Situação atual e perspectivas
O boletim mais recente da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, divulgado às 12h deste sábado, informa que 77.202 pessoas estão em abrigos e 540.188 desalojadas. As equipes de resgate e assistência humanitária continuam trabalhando incansavelmente para auxiliar as vítimas das inundações.
Apesar da gradual baixa do nível do Guaíba, as autoridades alertam para a necessidade de cautela, pois o risco de novos alagamentos ainda é existente. A população é orientada a acompanhar as informações oficiais e seguir as instruções das autoridades.
Com informações da Agência Brasil