“Doentes”: afirma advogada após prisão de mãe e irmão de Djidja

A mãe e o irmão da empresária, Djidja Cardoso, a ex-sinhazinha do Boi Garantido, foram presos no Amazonas

Postado em: 31-05-2024 às 16h00
Por: Rauena Zerra
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A mãe e o irmão da empresária, Djidja Cardoso, a ex-sinhazinha do Boi Garantido, foram presos no Amazonas I Foto: Reprodução

A empresária Dilemar Cardoso Carlos da Silva, também conhecida como Djidja e a ex-sinhazinha do Boi Garantido, morreu na terça-feira (28) no Amazonas, aos 32 anos. Ela foi encontrada morta por volta das 6h, na casa onde morava em Manaus

Os detalhes da morte de Djidja ainda não foram divulgados. O caso é tratado pela Delegacia de Homicídios e Sequestros, que não pode fornecer informações adicionais porque a investigação está em andamento.

Na quinta-feira (30), a mãe e o irmão da empresária, Djidja Cardoso, a ex-sinhazinha do Boi Garantido, foram presos no Amazonas. Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, bem como Verônica da Costa, a mãe, o irmão e a gerente do salão, foram detidos pela polícia enquanto tentavam fugir de carro por volta das 16h. 

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As acusações de prisão preventiva incluíam tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro em nome do irmão de Djidja. 

Na quarta-feira (29), o TJAM, ou Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, emitiu mandados de prisão preventiva (por tempo indeterminado) contra eles. Outros dois funcionários do salão de beleza também foram emitidos mandados, mas eles ainda não foram presos e estão foragidos.

O Ministério Público, que se manifestou a favor das prisões, concordou com a decisão judicial. A mídia local afirma que o caso está sob segredo de Justiça. 

A advogada da mãe e irmão de Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso, e Ademir Cardoso, afirmou que os dois “são doentes”. A declaração foi feita na frente deles após as prisões por suspeita de participação na morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido.

Entenda o que sabe sobre o caso

As primeiras informações indicavam que uma rede de uso de drogas ocorreria na residência de Manaus e envolvia os familiares e amigos da ex-sinhazinha. Os mandados de prisão foram expedidos por crimes relacionados ao tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ademar, irmão de Djidja, também é acusado de estupro no mandado.

Além disso, o Poder Judiciário emitiu mandados de busca e apreensão. Em Manaus, ampolas de cetamina, seringas e agulhas foram encontradas em uma das instalações do salão de beleza da família. A cetamina é usada em humanos e animais por causa de suas propriedades sedativas. A substância também tem efeitos alucinógenos, o que a torna uma droga recreativa.  

Ao ser questionado pela mídia após sua prisão, Cleusimar apenas afirmou que “na hora certa, vocês vão saber de tudo”. Ademar já afirmou ter tomado clonazepam para dormir e afirmou ter sido informado da acusação de estupro quando perguntado pelos jornalistas, afirmando “não saber que crime é esse”.

Uma ex-namorada do irmão de Djidja, Ademar Cardoso, disse à polícia que ela e sua mãe, Cleusemar Cardoso, também mãe de Djidja, haviam usado ketamina e potenay, medicamentos veterinários, juntos. Ela disse que Ademar a abusava sexualmente quando estava drogado.

 A namorada atual de Ademar disse aos policiais que também usou os medicamentos em outro depoimento. De acordo com este depoimento, Cleusemar, mãe de Ademar e Djidja, exigia que sua atual namorada estivesse presente em sua casa. Era um tipo de “purificação”.

advogada da mãe e irmão de Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso, e Ademir Cardoso, afirmou que os dois “são doentes”. A declaração foi feita na frente dele após sua prisão por suspeita de participação na morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido. 

A advogada Lidiane Roque, que defende os dois suspeitos, disse que os familiares de Djidja têm incapacidade mental devido ao uso de drogas. A justiça elenca o tráfico de drogas como um dos possíveis delitos apontados contra Cleusimar e Ademir no mandado de prisão.

Outros membros da família da ex-sinhazinha afirmam que seus familiares mais próximos cometeram vários delitos na casa da vítima, incluindo a realização de “rituais” com substâncias ilícitas. Tia de Djidja, Cleomar Cardoso, acusou os indiciados de negar socorro à vítima e encorajar seu vício em drogas.

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