Segunda-feira, 24 de junho de 2024

Suspeito de matar idoso com “voadora” chora em reconstituição

Cesar Fine Torresi, de 77 anos, foi atingido por um chute no peito, conhecido como "voadora", enquanto atravessava a rua com seu neto de 11 anos

Postado em: 14-06-2024 às 16h10
Por: Rauena Zerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Suspeito de matar idoso com “voadora” chora em reconstituição
Dezenas de pessoas se reuniram ao redor do local da reconstituição para acompanhar o trabalho da polícia I Foto: Reprodução

Um homem de 39 anos, preso suspeito de matar um aposentado com um chute no peito, chorou e pediu desculpas à multidão durante a reconstituição do crime realizada pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (13). O crime aconteceu no último sábado (8), em frente a um shopping em Santos, no litoral paulista.

Por isso, dezenas de pessoas se reuniram ao redor do local da reconstituição para acompanhar o trabalho da polícia. Revoltadas com a morte do aposentado, a multidão gritava “assassino” e “mentiroso” para o suspeito, Tiago Gomes de Souza.

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Imagens gravadas por testemunhas mostram Tiago visivelmente abalado durante a reconstituição. Ele se ajoelha ao lado do corpo da vítima, simulada por um manequim, e leva as mãos à cabeça em desespero. Em seguida, ergue os braços na direção da multidão, como se estivesse pedindo desculpas.

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Cesar Fine Torresi, de 77 anos, foi atingido por um chute no peito, conhecido como “voadora”, enquanto atravessava a rua com seu neto de 11 anos. O golpe o fez bater a cabeça no chão e sofrer um traumatismo craniano grave. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Tiago Gomes de Souza foi detido em flagrante logo após o crime e teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça. Na delegacia, ele optou por permanecer em silêncio.

A Polícia Civil ainda investiga as circunstâncias do crime. Segundo o boletim de ocorrência, Tiago dirigia em alta velocidade e teve que frear bruscamente para não atropelar Cesar e seu neto. A criança, no entanto, relatou ao pai que eles já estavam atravessando a rua com o semáforo fechado para os veículos.

Contudo, testemunhas também afirmaram que, após o carro parar, Tiago desceu do veículo e deu o chute no peito da vítima, que caiu desacordada.

Dessa forma, a ocorrência foi registrada na delegacia como “lesão corporal seguida de morte” e a pena era de 4 a 12 anos de prisão.

No entanto, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) contestou a avaliação e solicitou que o caso fosse classificado como “homicídio doloso qualificado”, um crime que pode levar a até 30 anos de prisão.

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