Pesquisa aponta que 71% dos brasileiros são contra PL do aborto
Pesquisa ouviu 2.690 pessoas
Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos
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Uma pesquisa realizada pela Atlas/CNN mostrou que 70,8% dos brasileiros são contrários à criminalização da mulher que interrompa a gravidez após 22 semanas, equiparando-a ao homicídio. A sondagem ouviu 2.690 pessoas entre os dias 17 e 19 de junho de 2024, utilizando a metodologia ARD, que recruta entrevistados de forma orgânica durante a navegação na internet, revelando que 71% dos brasileiros são contra PL do aborto.
Do total de entrevistados, 39,9% afirmaram que a equiparação do aborto ao homicídio não deve ocorrer em casos de vítimas de estupro ou de risco de vida, enquanto 30,9% acreditam que essa equiparação não deve ocorrer em nenhuma circunstância. Em contrapartida, 29,1% dos participantes entendem que a mulher deve responder por homicídio mesmo se for vítima de estupro ou estiver correndo risco de morte.
Projeto de lei em debate
O polêmico projeto de lei que equipara o aborto ao homicídio em termos legais gerou forte reação contrária da opinião pública, mídia e representantes de direitos humanos. Após a repercussão negativa, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira que o projeto será debatido por uma comissão representativa em agosto.
Na semana passada, deputados aprovaram um regime de urgência para a proposta, permitindo a omissão de prazos e a simplificação de requisitos regimentais, o que levaria a matéria diretamente ao plenário, sem necessidade de discussão nas comissões temáticas da Casa.
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Com a proximidade das eleições municipais, a Câmara tende a reduzir o ritmo de trabalhos no segundo semestre. Em resposta à controvérsia, Arthur Lira informou que o tema será tratado amplamente no segundo semestre, após o recesso parlamentar, com a formação de uma comissão representativa para discutir a questão.
“O colégio de líderes aqui presentes deliberou também debater esse tema de maneira ampla no segundo semestre com a formação de uma comissão representativa”, anunciou Lira. “Nós só iremos tratar disso após o recesso na formação desta comissão para tratar esse tema”, acrescentou o presidente da Câmara.