Influenciadores usam estratégias para atrair vítimas no ‘Jogo do Tigrinho’

11 influenciadores, fazem parte de uma organização criminosa que promove o 'Jogo do Tigrinho'.

Postado em: 24-06-2024 às 11h22
Por: Herbert Alencar
Imagem Ilustrando a Notícia: Influenciadores usam estratégias para atrair vítimas no ‘Jogo do Tigrinho’
11 influenciadores, fazem parte de uma organização criminosa que promove o 'Jogo do Tigrinho' | Foto: Reprodução/ Google Groups

A Delegacia de Estelionatos de Maceió (AL) descobriu que influenciadores usavam contas demo do Jogo do Tigrinho para mostrar como ganhar dinheiro na plataforma de forma fácil. A informação foi revelada pelo Fantástico, da TV Globo.

Segundo o delegado de estelionatos de Maceió, 11 influenciadores fazem parte de uma organização criminosa que promove o ‘Jogo do Tigrinho’. Por exemplo, Paulinha exibia carros importados supostamente comprados com ganhos do jogo, mas a polícia apreendeu vários veículos.

Ao utilizar contas demo, os usuários aparentemente ganhavam R$ 500 rapidamente ou mais, conforme mostrado nos vídeos dos influenciadores. No entanto, ao jogar de verdade, as vitórias não se concretizavam.

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“Eles influenciaram muitas pessoas com informações falsas, sem mencionar que se tratava apenas de uma conta demo”, afirmou Eduardo Mero, delegado-geral adjunto da Polícia Civil de Alagoas, ao Fantástico.

As propagandas fraudulentas do ‘Jogo do Tigrinho’ se espalharam pelas redes sociais com visuais coloridos e abordagem agressiva, além de convites via WhatsApp e perfis falsos.

O jogo online baseia-se em combinar figuras iguais, similar aos caça-níqueis de cassinos. Durante a investigação, a polícia encontrou conversas entre influenciadores, agenciadores e as plataformas.

Os advogados dos influenciadores afirmaram ao Fantástico que não há provas de conduta criminosa e que os jogadores não podem responsabilizá-los por problemas enfrentados.

A reportagem também ouviu vítimas que se endividaram e tiveram que vender seus negócios devido ao ‘Jogo do Tigrinho’. Uma delas, de Maceió, relatou perdas de aproximadamente R$ 200 mil.

Em São Paulo, as autoridades registraram mais de 500 boletins de ocorrência e bloquearam cerca de 70 perfis de influenciadores no estado.

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