Anvisa proíbe venda e uso de fenol após morte de jovem
O procedimento de peeling de fenol é mais recomendado em casos de envelhecimento facial severo
Por: Yasmin Farias
Após a morte de um paciente durante a realização de um peeling de fenol, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso de fenol em procedimento estéticos ou de saúde.
De acordo com a Anvisa, não há comprovação da eficácia do produto ou de sua segurança.
“A determinação ficará vigente enquanto são conduzidas as investigações sobre os potenciais danos associados ao uso desta substância química, que vem sendo utilizada em diversos procedimentos invasivos”, disse a agência.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o peeling de fenol é um procedimento estético que precisa de muita cautela, pois tem uma natureza invasiva e agressiva. A SBD afirma que esse tipo de peeling é mais indicado para casos de envelhecimento facial severo, com rugas profundas e textura da pele comprometida.
Relembre o caso
Um homem de 27 anos morreu na tarde de segunda-feira (03/06), após passar mal durante um procedimento estético na clínica da influencer Natalia Becker, no bairro Campo Belo, zona sul de São Paulo. A vítima, Henrique da Silva Chagas, reclamou de muita dor durante a aplicação do peeling de fenol.
Henrique chegou à clínica às 10h e realizou uma limpeza de pele antes do procedimento. Cerca de duas horas depois, Natalia informou que tudo havia corrido bem. No entanto, minutos após a conversa, Henrique apertou a mão do companheiro, começou a respirar com dificuldade e desmaiou.
Funcionárias da clínica prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quando a equipe médica chegou ao local, Henrique estava inconsciente, mas ainda respirava. Apesar dos esforços, ele não resistiu e faleceu.
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