10 livros para ler no final de semana

Livros de até 150 páginas

Postado em: 08-02-2024 às 18h00
Por: Maria Gabriela Pimenta
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Livros rápido com menos de 150 páginas. | Foto: Freepik

Aproveite o final de semana para colocar em dia a leitura. Não existe nada mais produtivo do que aproveitar as janelas entre as suas obrigações do que ler um bom livro. Nesta lista, indico 9 livros rápidos para ler no final de semana!

1 – A morte de Ivan Ilitch, Liev Tolstói

Ivan Ilitch acreditava ser um homem especial, não pensando no fim que todos terão igualmente um dia. Ele estava comprometido com a vida buscando ascensão profissional, status financeiro e o poder de um funcionário público do sistema judiciário da Rússia czarista.

No auge da carreira ele sofre um acidente trivial que gradualmente começa a atormentá-lo. Os médicos não conseguem aliviar o sofrimento dele nem lidar com a misteriosa doença que consome sua vida.

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A morte de Ivan Ilitch revela o desespero que surge com a consciência despertada para a verdadeira natureza da vida.

2 – O vilarejo, Raphael Montes

Nº 2 mais presenteado da Amazon

lustrações coloridas dão vida a romance com elementos de horror gótico e suspense.
Do criador da série original Netflix “Bom dia, Verônica”.

Em 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome.
As histórias podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de sua compreensão, mas se relacionam de maneira complexa, de modo que ao término da leitura as narrativas convergem para uma única e surpreendente conclusão.

3 – Vidas Secas, Graciliano Ramos

Tendo sido honrado com diversos prêmios em vida, a obra de Graciliano Ramos recebeu grandes elogios da crítica literária e toda a atenção do mundo acadêmico, mas Vidas Secas é sem dúvida o livro pelo qual ele é mais lembrado, uma legítima obra-prima e clássico da literatura brasileira.

Com a sua narrativa intimista de uma família de retirantes do sertão nordestino, o autor traz um retrato brutalmente realista da vida dos homens do campo no início do século 20, que já se viam quase que arrastados para a vida nas cidades, visto que era cada vez mais difícil sobreviver às secas. A sua leitura é uma verdadeira experiência literária: quase podemos sentir o calor do sertão irradiando de suas palavras. Palavras, aliás, que nem sempre são simples de entender, pois da mesma forma que os personagens da obra têm suas dificuldades com a linguagem em si, nós leitores, quase sempre moradores das metrópoles, também muitas vezes sentimos como se o idioma do autor fosse qualquer coisa além do português. Ledo engano: Graciliano Ramos foi um mestre da sua língua, que comporta muitas outras línguas.

4 – O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

O Pequeno Príncipe, escrito pelo francês Antoine de Saint-Exupéry, é uma obra atemporal que encanta leitores de todas as idades desde sua publicação, em 1943.

A história narra a jornada de um garotinho com os “cabelos da cor do ouro” que vive no planeta B 612 e viaja pelo universo em busca de sabedoria e amizade.

Com uma linguagem poética e delicada, Saint-Exupéry nos presenteia com uma narrativa rica em valores e que reforça a importância da simplicidade e do amor verdadeiro.

5 – O velho e o mar, Ernest Hemingway

Contada em sua famosa prosa poderosa e minimalista, esta história de coragem e triunfo pessoal é até hoje uma das obras mais duradouras de Ernest Hemingway. O último romance de Ernest Hemingway publicado em vida, O velho e o mar se imortalizou na literatura norte-americana.

Depois de anos na profissão, havia 84 dias que o velho pescador Santiago não apanhava um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salão, ou seja, um azarento da pior espécie. Mas ele possui coragem, acredita em si mesmo, e parte sozinho para alto-mar, munido da certeza de que, desta vez, será bem-sucedido no seu trabalho. Esta é a história de um homem que convive com a solidão, com seus sonhos e pensamentos, sua luta pela sobrevivência e a inabalável confiança na vida. Com um enredo tenso que prende o leitor na ponta da linha, Hemingway escreveu uma das mais belas obras da literatura contemporânea. Uma história dotada de profunda mensagem de fé no homem e em sua capacidade de superar as limitações a que a vida o submete.

Com a linguagem simples mas poderosa das fábulas, Hemingway trata de temas universais e atemporais como a perseverança em meio às adversidades e as lições que podemos tirar da derrota neste magnífico clássico do século XX.

Escrito em 1952, O velho e o mar venceu o Prêmio Pulitzer de Ficção e foi fator decisivo para a premiação de Hemingway com o Nobel de Literatura em 1954.

Ao lado de contemporâneos como F. Scott Fitzgerald e John Steinbeck, Ernest Hemingway foi um dos escritores mais importantes da chamada “Geração Perdida” e inspirou as gerações subsequentes de escritores americanos.

6 – Diário de um Louco, Nikolai Gogol

Diário de um Louco é considerado um dos melhores contos do dramaturgo e escritor russo Nikolai Gogol. A primeira publicação se deu na coletânea Arabesques, em 1835. A estória dramatiza a vida do funcionário público Poprishchin e a deterioração gradual da sua sanidade até ser internado em um hospício.

7 – Antígona, Sófocles

Antígona, uma das mais famosas tragédias gregas, é uma aventura de lealdade, dignidade, linguagem, vida. Uma mulher que, sozinha, abala uma tirania. Esta é uma das mais célebres tragédias gregas. Antígona é uma peça de fortes contrastes. Onde convocar forças para derrubar o tirano quando cidadãos respeitáveis calam?

Sófocles coloca em cena uma mulher sem partidários, sem exército, sem nada. Antígona abala a tirania sozinha. Isso numa sociedade em que a vida pública era de exclusiva competência masculina. O homem é terrível (deinós), dirá o coro. Preserve-se a ambiguidade. O homem é terrível no crime e na virtude, em altos pensamentos e atitudes intempestivas, na opressão e na luta pela liberdade. Antígona é uma aventura de lealdade, dignidade, linguagem, vida.

8 – Uma canção de Natal, Charles Dickens

O livro que “inventou” a celebração do Natal como a conhecemos hoje ganha nova tradução pela Penguin-Companhia, com as ilustrações originais de John Leech.

Incapaz de compartilhar momentos de amizade e de compreender a magia do Natal, Ebenezer Scrooge só encontra refúgio na riqueza e na solidão. Até que, num 24 de dezembro, recebe a visita do fantasma de Jacob Marley, seu ex-sócio falecido há sete anos.
É ele quem avisa a Scrooge que mais três espíritos o visitarão para lhe dar a chance de mudar seu triste fim e ser poupado de vagar a esmo depois de morto, como Marley. Assim, o Fantasma dos Natais Passados, o Fantasma do Natal Presente e o Fantasma dos Natais Futuros levarão o protagonista para uma viagem no tempo, mostrando-lhe que a generosidade é sempre a melhor escolha.
Um dos livros mais carismáticos da literatura inglesa, Uma canção de Natal recebe o crédito por ter concebido a celebração desse evento como a entendemos hoje: uma ocasião para agradecer e ajudar o próximo.

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