Livros clássicos essenciais para quem gosta de ler

Clássicos são clássicos por algum motivo. Aproveite a leitura!

Postado em: 13-05-2024 às 22h12
Por: Maria Gabriela Pimenta
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Dê um mergulho profundo pelos clássicos da literatura internacional | Foto: iStock

Ei, amantes da leitura! Se vocês adoram se perder nas páginas de um bom livro clássico, então esta lista é para vocês! Reunimos alguns dos títulos mais icônicos da literatura internacional que não podem faltar na estante de qualquer leitor ávido.

Entre esses clássicos, destacamos obras incríveis como “Cem Anos de Solidão” e “A Letra Escarlate”. O primeiro, uma obra-prima de Gabriel García Márquez, transporta os leitores para um mundo mágico e surreal, enquanto o segundo, escrito por Nathaniel Hawthorne, mergulha nas complexidades da moralidade e do pecado na América colonial.

Pode ter certeza que você irá aproveitar muito as leituras. Afinal, clássicos são clássicos por um motivo.

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1- Madame Bovary, Gustave Flaubert

O enredo gira em torno de Emma Bovary, casada com o médico Charles. Emma vive imersa na leitura de romances românticos e, por viver um casamento enfadonho, procura no adultério a libertação de seus problemas. A trama possui um desfecho trágico, e da criação de Flaubert partem grandes linhas de força do romance moderno e sua repercussão no contexto literário francês e mundial é intensa e permanente.

2 – A letra escarlate, Nathaniel Hawthorne

Uma história de dor e fragilidade humanas, vivida , primeira grande heroína da literatura norte-americana.

Pecado aos olhos de Deus, crime aos olhos dos homens – assim dita a moral puritana que domina os Estados Unidos do século XVII. Em uma sociedade que policia o corpo das mulheres, o adultério é o pecado capital – e Hester Prynne, ao engravidar de um homem que não é o seu marido, é condenada a uma pena perpétua: levar no peito um grande “A” escarlate como símbolo de sua vergonha.

Descendente de homens que queimaram bruxas nas piras de Salem, Nathaniel Hawthorne escreve um romance que o distancia dessa herança maldita. Sua personagem Hester Prynne é adúltera e profundamente humana – e, diferente de outras famosas adúlteras da literatura mundial, como Emma Bovary e Anna Kariênina, não se deixa consumir pelo sentimento de culpa e de humilhação.

Trazendo à tona questões essenciais como justiça, condenação, maternidade e poder do próprio corpo, A letra escarlate oferece uma poderosa reflexão sobre a natureza condenatória e hipócrita da sociedade, sobretudo com as mulheres.

3 – O grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald

Nos tempos de Jay Gatsby, o jazz é a música do momento, a riqueza parece estar em toda parte, o gim é a bebida nacional (apesar da lei seca) e o sexo se torna uma obsessão americana.

O protagonista deste romance é um generoso e misterioso anfitrião que abre a sua luxuosa mansão às festas mais extravagantes. O livro é narrado pelo aristocrata falido Nick Carraway, que vai para Nova York trabalhar como corretor de títulos. Passa a conviver com a prima, Daisy, por quem Gatsby é apaixonado, o marido dela, Tom Buchanan, e a golfista Jordan Baker, todos integrantes da aristocracia tradicional. Na raiz do drama, como nos outros livros de Fitzgerald, está o dinheiro. Mas o romantismo obsessivo de Gatsby com relação a Daisy se contrapõe ao materialismo do sonho americano, traduzido exclusivamente em riqueza. Aclamado pelos críticos desde a publicação, em 1925, O grande Gatsby é a obra-prima de Scott Fitzgerald, ícone da “geração perdida” e dos expatriados que foram para a Europa nos anos 1920.

4 – Cem anos de solidão, Gabriel García Márquez

Neste clássico de Gabriel García Marques, conheça as fabulosas aventuras dos Buendía-Iguarán, com seus milagres, fantasias e dramas que representam famílias do mundo inteiro. Romance fundamental na história da literatura,  Cem anos de solidão apresenta uma das mais fascinantes aventuras literárias do século XX. Vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, uma obra que todos devíamos ter em nossas estantes.

Em Cem anos de solidão , um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.

Em nenhum outro livro García Márquez empenhou-se tanto para alcançar o tom com que sua avó materna lhe contava os episódios mais fantásticos sem alterar um só traço do rosto. Assim, ao mesmo tempo em que a incrível e triste história dos Buendía pode ser entendida como uma autêntica enciclopédia do imaginário, ela é narrada de modo a parecer que tudo faz parte da mais banal das realidades.

Gabo, apelido de Gabriel García Márquez, costumava dizer que todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro. “E qual seria o seu?”, perguntaram-lhe. “O livro da solidão”, foi a resposta. Apesar disso, ele não considerava Cem anos sua melhor obra (gostava demais de O outono do patriarca ). O que importa? O certo é que nenhum outro romance resume tão completamente o formidável talento deste contador de histórias de solitários – que se espalham e se espalharão por muito mais de cem anos pelas Macondos de todo o mundo.

Cem anos de solidão é uma obra grandiosa e atemporal, sobre a qual é possível construir diversos paralelos com a nossa própria existência.

5 – A escolha de Sofia, William Styron

Com três milhões de exemplares vendidos, 47 semanas nas listas de best-sellers do Times e vencedor do National Book Award de 1980, A escolha de Sofia mostra, em sua patética grandeza, com perfeito domínio do tempo na narrativa e um texto denso e envolvente, o drama de uma mulher corroída pela culpa, que nenhuma felicidade consegue desviar do puro e simples aniquilamento, e para quem a única possibilidade de vida é uma ligação alucinante e destrutiva.

Para além das cercas eletrificadas e das câmaras de gás, o campo de concentração de Auschwitz continuava a fazer vítimas.

A escolha de Sofia com roteiro, produção e direção de Alan J. Pakula, teve versão cinematográfica de grande êxito: eleito melhor filme de 1983 pela Associação de Críticos de Nova York e Los Angeles e ganhador do Globo de Ouro da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, deu à atriz Meryl Streep o segundo Oscar de sua carreira.

6 – Moby Dick, Herman Melville

Narrado pelo tripulante Ismael, este livro conta a história do capitão Ahab, um misterioso e vingativo marujo que tem uma missão pessoal para a qual está disposto a arrastar toda a população de seu navio: capturar Moby Dick.

Tomado por esta ideia fixa, Ahab vai à caça da lendária baleia que devorou sua perna e que, embora cravejada de arpões, segue nadando em liberdade e intimidando até os marinheiros mais bravos.

Tão grandioso e inacreditável quanto a missão de Ahab, este romance é um marco da literatura, com sua ousada mistura de estilos, como o teatro, o ensaio e a aventura. Publicado pela primeira vez em 1851, a obra-prima de Herman Melville tornou-se uma das mais importantes de seu país e do mundo, reverenciada e reverberando na cultura pop até os dias de hoje.

7 – Grandes esperanças, Charles Dickens

Se Charles John Huffman Dickens (1812-1870) foi um escritor irônico e contundente, com Grandes esperanças provou-se capaz também de ser contido e reflexivo, ao produzir o seu último romance.

O livro mostra Dickens no auge da forma, produzindo uma história de desilusão que mais tarde seria saudada por autores como George Bernard Shaw e G. K. Chesterton pela perfeição narrativa. A grande característica de Grandes esperanças é ser uma história de redenção moral do protagonista, Pip, um órfão criado rigidamente pela irmã num lar humilde e disfuncional, que, após herdar inesperadamente uma fortuna, rejeita a família e os amigos por se envergonhar da própria origem.

No começo conhecemos o infortúnio de Pip, o narrador que vive aterrorizado pela irmã mais velha que, após a morte dos pais, o criou “com a mão de ferro”, bordão para a maneira rígida e por vezes violenta com que trata o filho de criação e também o marido, o ferreiro Joe Gargery.

Sua vida começa a mudar com o inesperado convite para que passe a visitar Miss Havisham, uma mulher rica da aldeia, e seja companhia de sua filha adotiva, Estella. Pip imediatamente tem uma queda pela garota, sentimento que se transformará em amor durante a vida adulta e o conduzirá à imoralidade. A vida de Pip sofre uma reviravolta ainda maior quando, já se preparando para o ofício de ferreiro, recebe a visita de um advogado, que anuncia que o jovem é herdeiro de uma fortuna.

Após abandonar a família para viver em Londres, Pip passa a desprezar a sua vida anterior, tentando tornar-se digno de se casar com Estella, que, no entanto, não se interessa por seus sentimentos.

Dividido em três partes, discutindo a bondade, a culpa e o desejo, o romance originalmente foi escrito como um folhetim e publicado na revista semanal All the Year Round, entre dezembro de 1860 e agosto de 1861, tornando-se um grande sucesso. Dickens toma o cuidado de não buscar a empatia fácil com o leitor, fazendo de Pip um personagem sincero em sua imoralidade e, quando se arrepende, na busca pela redenção.

8 – Garota, Interrompida, Susanna Kaysen

Uma narrativa visceral que desafia as fronteiras entre normalidade e insanidade

Visceral, introspectivo e profundamente impactante, Garota, Interrompida , de Susanna Kaysen, agora é DarkLove. A DarkSide® Books apresenta o relançamento de um livro que marcou gerações e que continua impactando leitores ao redor do mundo.

Publicado pela primeira vez em 1993, G arota, Interrompida é um relato autobiográfico ficcionalizado que nos transporta para a mente tumultuada da autora durante sua internação em um hospital psiquiátrico na década de 1960. O livro mergulha nas profundezas da psique humana, oferecendo uma visão ao mesmo tempo angustiante e esperançosa sobre a experiência de uma jovem que confronta sua própria realidade fragmentada.

Neste livro, Susanna Kaysen compartilha sua jornada de autodescoberta e oferece um olhar aguçado sobre os labirintos da mente. Internada, a protagonista se vê diante de uma encruzilhada entre a sanidade e a insanidade, entre as pressões normativas da sociedade e a necessidade de sermos autênticos.

Há mais de trinta anos, Garota, Interrompida desafia leitores a confrontarem suas próprias percepções sobre saúde mental, identidade e aceitação, além da importância de cultivar a compaixão pelo outro em um mundo muitas vezes indiferente.

Chegando pela marca DarkLove, dedicada a publicar histórias que estimulam reflexões e diálogos importantes sobre a sociedade em que vivemos, Garota, Interrompida é uma história que permanece tão vital hoje quanto no momento de sua primeira publicação.

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