Chega de sofrer com os pelos

Tem coisa mais chata do que descobrir os pelinhos sobrando depois de colocar o biquíni?

Postado em: 01-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Tem coisa mais chata do que descobrir os pelinhos sobrando depois de colocar o biquíni?

Alinne Teles e Luciana Rolim/ESPECIAL PARA O HOJE

Nada pior do que deixar de usar um biquíni por falta de depilação! Talvez, mais chato  ainda, colocar o biquíni e na borda da piscina perceber que ficaram alguns pelos por retirar. Situação muito comum para quem opta pelo estojo de barbear e, às vezes, faz a depilação às pressas. E se, por acaso, você se identificou, não se preocupe. Quase todo mundo tem uma história para contar sobre a retirada dos pelos. Algumas mulheres dão risadas com as amigas, outras levam o assunto muito a sério – como é o caso da dupla de empresárias Claudia Vobeto e Karla Lima.

As duas passaram por enorme desconforto no início da idade adulta com depiladoras mal-preparadas para o atendimento. Foi essa situação que as uniu. Claudia conta que passou por procedimentos que a faziam sentir muita dor e, por isso, tinha muita resistência às sessões de depilação. “Antes, eu sentia vergonha de falar sobre o assunto, porque era muito sofrido. E um dia, conversando com uma colega de trabalho, ela confidenciou que também viveu situação parecida com a minha”, diz a empresária. Essa amiga é Karla Lima, hoje sua sócia na franquia especializada em depilação com cera Posé Beleza Expressa.

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De executivas de uma multinacional do segmento de telecomunicações, tornaram-se pesquisadoras de métodos de depilação menos doloridos. “Estudamos durante três anos aqui no Brasil e no exterior. Nossa meta era alcançar uma técnica de depilação eficaz e que não causasse sofrimento às pessoas, principalmente às mulheres”, explica Karla Lima. Desenvolveram uma técnica de depilação própria e também investiram na formulação de uma cera especial à base de mel, camomila e cera de abelha. “A cera foi desenvolvida para ter efeito calmante e hidratante para a pele do corpo”, conta a depiladora da Posé, Poliana Cristina Sousa. Há também diferencias na técnica de retirada, que dispensa o uso de acessórios. Ao ser aplicada a cera seca rapidamente – e ao ser puxada –, são retirados, juntos, os pelos. “A cera não gruda na pele, e sim no pelo. Além de diminuir a dor do procedimento, evita resíduos no corpo”, explica.

Outro cuidado essencial que a franquia adotou foi o uso de material descartável para todo o procedimento. Em cada atendimento, é entregue um kit individual e descartável para a cliente contendo luvas, palito para manusear a cera e pinça para ser usado no procedimento pela profissional.

A psicóloga Alianza Gouveia, de 38 anos, aposentou a lâmina depois de conhecer a franquia. “Sempre usei a lâmina de barbear, porque, além da dor, nunca achei muito higiênico depilar em salões comuns”. Ela explica que conheceu a técnica por meio da indicação de uma cunhada, que é adepta da cera. “Fui com muito receio, mas mudei de impressão depois da primeira depilação. Fiz perna, axila e sobrancelha. Além de não sentir dor, fiquei satisfeita com a higiene do local”, conta.  Alianza deixou de fazer parte da estatística nacional de que 70% das mulheres ainda usam a lâmina para retirar os pelos.

Na hora do procedimento

Para a depiladora Poliana Cristina Sousa, o segredo de uma depilação perfeita começa pela hidratação da pele. “Se for uma pele bem cuidada, a facilidade para a extração dos pelos é maior”, conta.

Outro detalhe que faz toda a diferença, segundo ela, é a limpeza da pele na hora da depilação. O ideal é que a cliente não use creme hidratante no dia do procedimento.

Poliana conta que o treinamento da depiladora e a técnica utilizada faz toda a diferença. “É melhor aplicar uma camada mais fina de cera na pele. Quanto mais uniforme, melhor”.

O ideal de acordo com a depiladora é que o pelo seja retirado a partir de dez dias após o início do crescimento na parte externa a pele. A técnica desenvolvida pela Posé retira até os pelos mais curtinhos, facilitando a retirada e reduzindo a dor.

A qualidade do material usado no processo de depilação deve ser observada pelo cliente e, nesse sentido, a profissional é enfática: a cera nunca pode ser reaproveitada, é prejudicial à saúde e não é higiênico. O consumidor deve ficar atento. Poliana ensina que, quando a cera é reaproveitada, fica com uma cor escura e mais pesada que o comum – diferente da cera nova que tem tons de mel. Outro indicativo de que a cera pode estar sendo reaproveitada é a temperatura que, normalmente, deve estar em aproximadamente 45 graus. “Quando a cera é reaproveitada, ela retém mais calor para ficar no ponto ideal, por isso tende a ficar em temperatura mais alta”, explica. 

Na opinião da profissional, o ideal é que o consumidor fuja de locais que utilizam tecidos para retirar o pelo. O uso de material descartável no procedimento é essencial, principalmente de partes íntimas para evitar qualquer tipo de contágio tanto para o cliente quanto para a depiladora. “O correto é usar luvas e máscaras, e todo material que encosta no cliente deve ser descartável, inclusive pinças. Assim fazemos aqui na empresa”, diz. 

Cuidados na depilação

A higiene no procedimento e no local usado para retirada dos pelos é fundamental, como afirma a dermatologista Luciana Costa. Ela explica que retirar os pelos de algumas partes do corpo não faz mal, pode ser feito tranquilamente. “Mas é preciso observar alguns cuidados em relação ao procedimento, que também estão relacionados à saúde”, diz a médica. Para ela, é importante que a depiladora escolha a técnica mais adequada para cada parte do corpo, isso para que não ocorra nenhum tipo de lesão na pele de quem está sendo depilado.

A dermatologista alerta ainda para o perigo do uso de ceras caseiras. “Algumas pessoas usam ceras à base de limão. É importante saber que, se não for bem preparado, esse produto pode causar lesões como a fitofotodermatose – que são aquelas queimaduras que aparecem na pele quando em contato com o Sol”, anuncia a médica especializada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Outro cuidado que se deve ter é com o aparecimento de foliculite, ou seja, a inflamação causada por fungos e bactérias. Para evitar problemas como esse, a dermatologista orienta para o uso de material descartável e que estejam sempre bem acondicionados. Nesse sentido, as ceras caseiras representam um risco a mais, pois não se sabe como foi o processo de preparação e condicionamento da mesma.

Ainda de acordo com a profissional, em alguns casos as ceras caseiras podem acumular bactérias e fungos. “E se o material não for de qualidade, muitas vezes a depiladora precisa aplicar e puxar o produto muitas vezes no mesmo local causando lesões na pele”, finaliza a médica dermatologista.  

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