Nova missão na Colômbia pede cessar-fogo na região

As partes em conflito no país pediram o apoio das Nações Unidas para monitorar o cumprimento do acordo de paz assinado em Havana

Postado em: 29-03-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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As partes em conflito no país pediram o apoio das Nações Unidas para monitorar o cumprimento do acordo de paz assinado em Havana

A missão política da ONU que está sendo implantada na Colômbia será uma “experiência sem precedentes” no país, bem como na história das missões de observação de cessar-fogo da ONU, disse o secretário-geral da Organização, Ban Ki-moon, em um artigo publicado na imprensa do país sul-americano.

No texto, Ban felicita o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP) por tomar uma “decisão corajosa” e resolver suas diferenças através do diálogo.

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Ban Ki-moon observou que o pedido conjunto de envolvimento da ONU para verificar um cessar-fogo futuro é também um sinal da “seriedade” do compromisso de acabar com o longo conflito de mais de cinco décadas, tornando o processo de paz irreversível.

Um pedido conjunto deste tipo à ONU, vindo de partes em um conflito interno, “não ocorria há mais de uma década”, escreveu Ban, acrescentando que a resposta do Conselho de Segurança, que aprovou por unanimidade”.

O Conselho aprovou a Missão das Nações Unidas na Colômbia por um período de 12 meses, como parte de um monitoramento tripartite e um mecanismo de verificação para um cessar-fogo bilateral definitivo, bem como a deposição das armas.

As hostilidades na Colômbia têm perturbado a vida de mais de um quarto de milhão de crianças desde que as negociações de paz tiveram início, há três anos, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) por meio de um relatório publicado em meados de março. Desse total, cerca de 230 mil crianças foram deslocadas e cerca de mil delas utilizadas ou recrutadas por grupos armados não estatais, de acordo com documento.

O acordo prevê a presença de observadores imparciais para monitorar o cumprimento do cessar-fogo, bem como um elevado nível de transparência.

O chefe da ONU ressaltou que os observadores internacionais que trabalham sob a bandeira das Nações Unidas não carregam armas ou se envolvem em ações armadas de quaisquer tipos, nem terão como papel a realização de projetos de cooperação.

As hostilidades na Colômbia têm perturbado a vida de mais de um quarto de milhão de crianças desde que as negociações de paz tiveram início, há três anos. Cerca de 230 mil crianças foram deslocadas e cerca de mil delas utilizadas ou recrutadas por grupos armados não estatais, de acordo com documento. 

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