Franceses farão greves e protestos esta semana

Manifestações contra reforma trabalhista aprovada na última semana devem seguir até a próxima quinta-feira

Postado em: 17-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Manifestações contra reforma trabalhista aprovada na última semana devem seguir até a próxima quinta-feira

O governo francês enfrenta a partir de ontem mais uma semana de greves e protestos contra a reforma da lei trabalhista, aprovada na semana passada por decreto.

As principais manifestações de contestação nas ruas vão ser na hoje e na quinta-feira (19), com protestos convocados por sete sindicatos de trabalhadores e de estudantes, que acreditam que a aprovação da reforma sem votação reforça a necessidade de “ampliar as mobilizações” que vêm sendo feitas há mais de dois meses.

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A proposta de lei foi aprovada na terça-feira (10) na Assembleia Nacional em primeira leitura, embora sem votação, pois o governo recorreu ao Artigo 49-3 da Constituição, já que não tinha assegurada a maioria de votos para a proposta.

A reforma das leis trabalhistas vai ser debatida agora no Senado entre os dias 13 e 24 de junho e votado no sábado, dia 28. Na sequência, o texto volta para Assembleia Nacional, onde o governo pode voltar a invocar o Artigo 49-3 para que não haja votação.

A opção do governo de impor a não-votação do texto levou a oposição de centro-direita a apresentar uma moção de censura ao governo do presidente socialista François Hollande, vencida na quinta-feira.

“A tramitação parlamentar continua, a mobilização é mais indispensável que nunca”, destacam os sete sindicatos na convocatória.

A reforma da lei trabalhista, apresentada como a última grande reforma do governo de Hollande, é considerada pelos sindicatos como “muito liberal”, favorecendo as empresas e desprotegendo os trabalhadores.

Uma pesquisa de opinião divulgada no domingo concluiu que mais de metade (56%) dos franceses apoia os protestos contra a reforma trabalhista, embora haja uma distinção clara entre os entrevistados de esquerda (67%) e de direita (33%) que apoiam o protesto.

Nuit Début

A polícia proibiu algumas organizações do país, como a AçãoAntifascista AFA e o Movimento Interlutas Independente, de se manifestarem na terça-feira. 

Segundo a imprensa local, membros dessas organizações foram notificados pessoalmente pela polícia de que não podem permanecer em determinados bairros de Paris entre 11h e 20h de terça-feira e no perímetro da Praça da República, entre 18h de terça-feira e 7h de quarta-feira. (Agência Brasil)

 

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