Protestos nos aeroportos aumentam pressão contra Donald Trump

Norte-americanos compareceram a aeroportos para protestar contra ordem que suspende acolhimento de refugiados

Postado em: 30-01-2017 às 09h07
Por: Renato
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Norte-americanos compareceram a aeroportos para protestar contra ordem que suspende acolhimento de refugiados

A reação da população norte-americana, que compareceu em
massa e de forma espontânea, nesse fim de semana, a vários aeroportos dos
Estados Unidos para protestar contra a ordem executiva que suspendeu o programa
de acolhimento de refugiados colocou o governo do presidente Donald Trump na
defensiva. A medida também proibiu viagens ao país de pessoas originárias de
sete países de maioria muçulmana. Trump está pressionado por um número
crescente de parlamentares do Partido Republicano, agremiação partidária pela
qual se elegeu, pedindo mudanças urgentes na ordem executiva.

No exterior, administradores de aeroportos e operadores de
linhas aéreas – responsáveis pelo gerenciamento de vários voos com destino aos
Estados Unidos – estão reclamando das contradições e da falta de clareza da
medida aprovada pelo presidente.

Menos de 24 horas depois de o governo ter informado que os
portadores do Green Card (documento que dá direito a emprego legal nos Estados
Unidos) também estavam sujeitos ao rigor da ordem executiva, assessores de
Donald Trump desmentiram essa informação. Em entrevista, o chefe de gabinete da
Casa Branca, Reince Priebus, disse que a medida “não afeta” os
detentores do Green Card.

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Aeroportos

Nesse domingo, em vários aeroportos norte-americanos,
passageiros voltaram a ser detidos em salas de imigração, provocando caos nas
áreas onde ficam os funcionários e pânico em familiares que aguardavam o
desembarque. Advogados de instituições de direitos humanos compareceram também
aos aeroportos para tentar libertar as pessoas detidas. No aeroporto John F.
kennedy, em Nova York, a ação de muitos advogados foi dificultada pela falta de
informações sobre o número de pessoas detidas.

“Simplesmente não sabemos quantas pessoas existem e
onde estão”, disse Lee Gelernt, vice-diretor do Projeto de Direitos dos
Imigrantes da União Americana de Liberdades Civis.

Numa tentativa de acalmar as críticas que vem recebendo por
ter assinado a ordem executiva, o presidente Donald Trump divulgou nesse
domingo (29) uma declaração em que diz que a proibição não diz respeito à
religião. “Para ser claro, esta não é uma proibição aos muçulmanos, como a
mídia está falsamente informando”, disse Trump. “Isto não é sobre
religião, isto é sobre terror e [sobre] manter nosso país seguro.”

Republicanos

Ontem, republicanos criticaram o plano de Trump sobe refugiados
e imigrantes. Um dos críticos foi o senador pelo estado de Tennessee, Lamar
Alexander. Ele disse que, embora não seja uma medida de caráter explicitamente
religioso, a ordem executiva de Trump “é inconsistente com o caráter
americano”. Os congressistas republicanos também se queixaram de que não
foram consultados pelo presidente antes de a medida ser aprovada.

Foto: Reprodução (R7) 

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