Senado norte-americano confirma ultraconservador Jeff Sessions na Justiça

Os debates sobre a nomeação do senador Jeff Sessions tiveram momentos de tensão

Postado em: 09-02-2017 às 09h40
Por: Renato
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Os debates sobre a nomeação do senador Jeff Sessions tiveram momentos de tensão

Em uma eleição acirrada, o Senado dos Estados Unidos
confirmou nesta quarta-feira (8), por 52 votos a 47,  o senador Jeff
Sessions como novo secretário de Justiça. Ele é alvo de acusações de racismo. A
informação é da Radio France Internationale.

Senador ultraconservador do estado do Alabama, no Sul do
país, e defensor da política de “linha dura” com os imigrantes em
situação irregular, Sessions é visto como a principal inspiração de Trump na
elaboração de suas políticas em relação à imigração, incluindo o decreto que
limita a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

Jeff Sessions é o sexto integrante do gabinete confirmado
pelo Senado e dirigirá o Departamento de Justiça, que conta com cerca de 113
mil funcionários. O presidente já criticou várias vezes a lentidão do
Legislativo para confirmar seus indicados.

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Debates acirrados

Os debates sobre a nomeação de Sessions tiveram momentos de
tensão. Em um deles, a democrata Elizabeth Warren leu uma carta escrita em 1986
por Coretta King, a viúva de Martin Luther King, com duras críticas ao senador,
mas foi intimada a interromper seu discurso e voltar para o seu lugar. A viúva
de Luther King escreveu a carta quando Sessions era candidato a um posto de
juiz federal no estado do Alabama.

O líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell,
apelou a um artigo raramente usado no regulamento da Câmara, que veta
comentários altamente críticos de um senador a outro, para pedir que o discurso
fosse interrompido.

Embora não seja raro um senador fazer objeções a declarações
de outro membro dessa Câmara, o pedido para que Warren fosse interrompida e
voltasse para o seu lugar foi um gesto poucas vezes visto no Congresso
americano. Hoje, o senador Bernie Sanders pediu a palavra e leu por inteiro a
carta escrita por Coretta King. Desta vez, porém, nenhum senador conservador
apresentou moção de censura.

Outro senador democrata, Sheldon Whitehouse, considerou
“inaceitável” o que ocorreu com Warren. Já o senador conservador
Horrin Hatch lembrou que os legisladores devem se tratar com respeito, “ou
o plenário vai virar um selva”.

Foto: Reprodução (R7) 

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