Mais de 300 pessoas ficam feridas durante confronto em Jerusalém

Mais de 300 manifestantes palestinos ficaram feridos durante confronto com policiais israelenses. Segundo relatos, eles atiram pedras contra os policiais, que dispararam

Postado em: 10-05-2021 às 12h08
Por: Agência Brasil
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Os conflitos ocorreram na mesquita de Al-Aqsa, quando Israel comemorou o aniversário da captura da cidade na Guerra dos Seis Dias | Foto: ABr /Reuters

Mais de 300 manifestantes palestinos ficaram feridos durante confronto com policiais israelenses. Segundo relatos, eles atiram pedras contra os policiais, que dispararam granadas de atordoamento e balas de borracha. O episódio ocorreu diante da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, nesta segunda-feira (10), quando Israel comemorou o aniversário da captura de partes da cidade na Guerra dos Seis Dias.

A Sociedade do Crescente Vermelho (movimento internacional humanitário) palestina disse que mais de 305 palestinos ficaram feridos no episódio e que ao menos 228 deles foram levados a hospitais. Vários se encontram em estado grave, e a polícia informou que 21 agentes ficaram feridos.

Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã, é um foco de violência em Jerusalém durante o mês muçulmano sagrado do Ramadã, e os conflitos causam preocupação internacional.

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As tensões aumentaram porque Israel comemorou o “Dia de Jerusalém”, a celebração anual da conquista de Jerusalém Oriental e da Cidade Velha murada, que abriga sítios sagrados muçulmanos, judeus e cristãos.

Na tentativa de amenizar a situação, a polícia israelense disse que proibiu que grupos judeus fizessem visitas nesta data à praça sagrada que abriga Al-Aqsa, que é reverenciada como o local original de templos bíblicos.

A polícia também estudava redirecionar um desfile tradicional do Dia de Jerusalém, no qual milhares de jovens judeus portando bandeiras de Israel atravessam o Portão de Damasco da Cidade Velha e o Bairro Muçulmano.

A polícia disparou gás, granadas de atordoamento e balas de borracha contra centenas de palestinos que os alvejaram com pedras na praça de Al-Aqsa, disseram testemunhas.

A violência no complexo sagrado diminuiu várias horas depois de começar, e testemunhas disseram que a polícia israelense começou a permitir a entrada de palestinos de mais de 40 anos.

Em comentários públicos, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está determinado a manter a lei e a ordem em Jerusalém, preservando ao mesmo tempo a “liberdade de culto e a tolerância a todos”.

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, acusou “forças de ocupação israelenses” de realizarem uma “operação brutal” em Al-Aqsa.

As tensões também são insufladas pelos planos de expulsão de várias famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental.

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