Chacal é condenado à prisão perpétua

A Justiça francesa condenou ontem (28) o terrorista venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal, à prisão perpétua por um

Postado em: 29-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

A Justiça francesa condenou ontem (28) o terrorista venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal, à prisão perpétua por um atentado em Paris, em setembro de 1974, no qual duas pessoas morreram e  34 ficaram feridas. As informações são da Agência EFE.

O Tribunal Criminal de Paris comunicou a terceira condenação à prisão perpétua do Chacal – atualmente com 67 anos e preso na França desde agosto de 1994 – após quatro horas de deliberação. O juiz François Sottet disse que, depois deste processo, que começou no último dia 13, o tribunal considerou provado que o venezuelano foi responsável pelos crimes.

A principal acusação é dos assassinatos de François Benzo e David Grunberg, após a explosão de uma granada lançada em uma galeria comercial do Boulevard Saint-Germain, em Paris, em 15 de setembro de 1974. Ele também foi condenado pelos ferimentos em 34 pessoas que estavam no local no momento da ação, pelos danos materiais causados e por posse e transporte de granada.

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Antes de o tribunal se retirar para deliberar, Ramírez Sánchez denunciou que o processo foi “absurdo” por ter ocorrido quase 43 anos depois dos fatos e, principalmente, porque ele não teve chance de ficar frente a frente com as principais testemunhas. Na mesma linha pronunciaram-se, após a leitura da sentença, seus advogados, que anunciaram a apresentação de um recurso para um novo julgamento de apelação.

Outras sentenças

Ilich Ramírez Sánchez está preso há 22 anos, desde que foi capturado no Sudão em uma operação dos serviços secretos. À época, ele já tinha recebido duas sentenças de prisão perpétua: a primeira, em 1997, por ter assassinado dois agentes secretos franceses e um confidente, em 1975, em Paris; e a segunda, confirmada em apelação em junho de 2013, por quatro atentados cometidos na França em 1982 e 1983, nos quais 11 pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas. (Abr) 

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