Manifestantes invadem Congresso durante confronto com a polícia no Paraguai

Os manifestantes destroçaram vidraças do edifício, no centro histórico de Assunção, e queimaram as portas de entrada

Postado em: 01-04-2017 às 06h00
Por: Toni Nascimento
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Os manifestantes destroçaram vidraças do edifício, no centro histórico de Assunção, e queimaram as portas de entrada

Grupos de manifestantes invadiram o edifício do Congresso do
Paraguai nesta sexta-feira (31) após conseguir passar por um cordão
policial, em um novo foco de incidentes violentos registrado logo depois
um grupo de 25 senadores aprovou o projeto de emenda constitucional
para habilitar a polêmica reeleição presidencial. As informações são da
agência de notícias EFE.

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Várias centenas de pessoas romperam a
barreira policial em uma batalha campal na qual as forças da ordem
dispararam balas de borracha, lançaram gás lacrimogêneo e acionaram
jatos de água.

Os manifestantes destroçaram vidraças do edifício,
no centro histórico de Assunção, e queimaram as portas de entrada, além
de lançar morteiros e pedras contra a polícia.

Caminhões de
bombeiros tentam entrar na Plaza de Armas, onde está o Congresso, onde
permanecem a polícia e os manifestantes. Há vários policiais feridos,
segundo a instituição.

Trata-se do segundo incidente violento do
dia no Congresso, depois que no primeiro ficaram feridos por balas de
borracha o deputado Edgar Acosta e o presidente do Partido Liberal,
Efraín Alegre.

Os incidentes começaram depois que 25 senadores
votaram a favor do projeto de emenda nas dependências da Frente Guasú,
do ex-presidente Fernando Lugo, e sem a presença dos demais legisladores
e do presidente do Senado, Roberto Acevedo.

O partido de Lugo
aprovou a emenda para que o ex-bispo possa concorrer nas eleições de
2018, e o Partido Colorado para que o atual presidente do Paraguai,
Horacio Cartes, possa fazer o mesmo. A atual Constituição paraguaia
proíbe a reeleição presidencial.

Por outro lado, o Partido
Liberal, o maior da oposição, e outras forças opositoras, alegam que a
emenda é anticonstitucional como meio de facultar um segundo mandato
presidencial.

(Agência Brasil)

 

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