“Reprimir dissidentes na Venezuela não resolverá agitação”, diz ONU

A última petição nesse sentido foi formulada em outubro do ano passado, sem nenhum resultado

Postado em: 01-05-2017 às 10h50
Por: Renato
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A última petição nesse sentido foi formulada em outubro do ano passado, sem nenhum resultado

O alto comissário para os Direitos Humanos das Nações
Unidas, Zeid Ra’ad al Hussein, afirmou hoje (1º) que a opção feita pelo governo
de Venezuela, de “reprimir as vozes dissidentes, não resolverá a
agitação” nas ruas e as razões dos protestos. A informação é da Agência
EFE.

Para Zeid, os elementos mais alarmantes da situação da
Venezuela são o aumento da violência, as ações de grupos armados
pró-governamentais e a falta de confiança no governo e no Poder Judiciário.

“Em nossa opinião, as ameaças de se desvincular da
Organização dos Estados Americanos [OEA] também não são uma estratégia para recuperar
a estabilidade e a paz”, declarou Zeid, em entrevista na qual abordou as
situações mais preocupantes de direitos humanos no mundo.

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O organismo dirigido por Zeid não tem nenhum acesso à
Venezuela, apesar de várias vezes ter solicitado ao governo a emissão de vistos
para seus especialistas, a fim de avaliar diretamente a situação de direitos
humanos no país.

A última petição nesse sentido foi formulada em outubro, sem
nenhum resultado.

Zeid explicou que desde que assumiu o mandato, no final de
2014, transmitiu em vão ao então governo de Hugo Chávez o desejo de visitar a
Venezuela.

Sobre a possibilidade de seu escritório oferecer uma
mediação na atual crise venezuelana, o alto comissário disse que, para isso, o
governo teria que estar de acordo.

A OEA tentou, no passado, exercer essa função, mas sua
relação com o governo de Nicolás Maduro se degradou fortemente nos últimos
meses.

Os protestos na Venezuela completam hoje um mês, com saldo
de 29 mortos, 500 feridos e centenas de detidos.

Tanto a oposição quanto os setores aliados ao governo
pediram a seus apoiadores que saiam às ruas para participar de novas marchas.
(Agência Brasil) 

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