China vai sediar fórum internacional amanhã

Com o objetivo de aumentar o investimento em projetos de infraestrutura em países da Ásia, da Europa e da África, a China

Postado em: 13-05-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

Com o objetivo de aumentar o investimento em projetos de infraestrutura em países da Ásia, da Europa e da África, a China vai sediar a partir de domingo (14) o Fórum do Cinturão e da Rota para a Cooperação Internacional (The Belt and Road Forum for International Cooperation, em inglês).

O evento em Pequim, que deve contar com a presença de quase 30 chefes de Estado e de governo, é o mais importante desde que a iniciativa Um Cinturão, Uma Rota (One Belt, One Road) foi lançada em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping.

A ideia é promover uma rede de infraestrutura, comércio e cooperação econômica ao longo dos mais de 60 países que compõem o que a China planeja estabelecer como uma Nova Rota da Seda, revivendo no século 21 as antigas rotas milenares que conectavam o Ocidente e o Oriente.

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A iniciativa é composta pelo Cinturão Econômico da Rota da Seda, que busca ligar a China por meio de ferrovias e rodovias aos países da Ásia, da Europa e da África, além da Rota da Seda Marítima do Século 21, cujo foco são os investimentos em modernização de portos nas regiões abrangidas pela proposta chinesa.

Para apoiar as obras de transporte, energia e telecomunicações, foi estabelecido em 2014 o Fundo da Rota da Seda, com US$ 40 bilhões de recursos. Além do fundo, em 2015, a China criou o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura que, segundo o governo, já aprovou financiamento para projetos no valor de US$ 1,7 bilhão.

Política externa

Segundo o embaixador do Brasil na China, Marcos Caramuru, a iniciativa Um Cinturão, Uma Rota é a principal em matéria de política externa chinesa com foco em conectividade e infraestrutura.

“O fórum nasceu da ideia da China de aumentar sua conexão ferroviária, rodoviária e em infraestrutura em geral nos países da antiga Rota da Seda, principalmente os países da Europa Central e da Ásia. Mas, ao longo do tempo, os chineses ampliaram a ideia de conectividade ao resto do mundo, que também se dá pelo mar. A ideia central é financiamento de infraestrutura”, disse.

O embaixador destacou que há um déficit na área de infraestrutura em diversos países há vários anos, em muitos casos criado pelo fato de as organizações multilaterais que sempre apoiaram o crescimento econômico terem se concentrado mais no financiamento de políticas sociais. “Os chineses, por outro lado, fizeram um esforço próprio de investimento muito grande”, disse. (Abr) 

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