Trump diz que Catar já estava sob suspeita

Presidente dos Estados Unidos ficou sabendo que país poderia estar financiando o terrorismo

Postado em: 07-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente dos Estados Unidos ficou sabendo que país poderia estar financiando o terrorismo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que, durante a sua viagem recente ao Oriente Médio, líderes de países árabes acusaram o Catar quando ele pediu o fim de financiamento para grupos terroristas. “Na minha última viagem à região, quando declarei que já não pode haver qualquer tipo de financiamento à ideologia radical, os líderes apontaram para o Catar”, comentou Trump no Twitter. A informação é da EFE.

Dessa forma, Trump voltou a usar o Twitter para falar sobre assuntos diplomáticos. Ele insinuou que a mudança de postura em relação ao Catar ocorreu graças ao seu diálogo recente com líderes árabes durante sua estadia em Riad, capital da Arábia Saudita, ao afirmar que “é bom ver” que a viagem “já está dando frutos. Talvez isso seja o começo do fim do horror do terrorismo!”, enfatizou.

Ontem, Arábia Saudita, Bahrein, Egito e Emirados Árabes Unidos romperam relações com o Catar e ordenaram o fechamento das fronteiras terrestres e do espaço aéreo e marítimo aos meios de transporte vindos desse país, que é acusado de apoiar o terrorismo. Além desses quatro países, também romperam relações com o Catar, as Ilhas Maldivas e os governos apoiados pela Arábia Saudita nos conflitos no Iêmen e na Líbia.

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A ruptura de relações se baseia na acusação contra o governo catariano, dirigido pelo emir Tamim bin Hamad al Thani, de financiar organizações consideradas terroristas, como o Estado Islâmico (EI), a Al Qaeda e a Irmandade Muçulmana.

O governo do Catar rechaçou as acusações considerando-as “calúnias injustificadas”, e assegurou que “luta contra o terrorismo e o extremismo”, enquanto a comunidade internacional busca formas de pôr fim a esta crise diplomática.

Voos desviados

O tráfego aéreo no Irã aumentou ontem com mais de uma centena de voos da companhia aérea Qatar Airways, que tiveram que desviar sua rota por causa da recente crise diplomática entre o Catar e quatro países árabes. A suspensão das relações diplomáticas do país com a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein  teve como uma das consequências o fechamento do espaço aéreo destes países para aeronaves catarianas. A informação é da EFE.

O diretor da Companhia de Aeroportos e Navegação Aérea do Irã, Rahmatola Mahabadi, explicou que o número médio de voos diários que cruzam o espaço aéreo iraniano era de 950 e que, a partir de hoje, esta cifra aumentou para entre 1.050 e 1.100.

Mahabadi indicou que alguns dos voos que tiveram que desviar suas rotas para o Irã para evitar sobrevoar a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein são aqueles com destino ao sul da Europa, à África e à Ásia.

Segundo o diretor, a criação de 15 mil quilômetros de rotas aéreas deu mais capacidade ao Irã e permite ao país “satisfazer as demandas internacionais”.

O Egito também rompeu relações com Doha, mas não fechou seu espaço aéreo para a Qatar Airways, que anunciou ontem a suspensão dos seus voos os quatro países que romperam relações com o governo de Doha.

Arábia Saudita, Barein, Egito e Emirados Árabes Unidos acusaram o governo do Catar de apoiar o terrorismo e de ameaçar a estabilidade do Oriente Médio, o que, segundo Doha, são “calúnias”. O governo iraniano pediu ontem “um diálogo transparente e franco” para solucionar a crise e ressaltou que esta divisão prejudica o Oriente Médio. 

(Agência Brasil)

 

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