Estudo aponta que pandemia causou maior redução da expectativa de vida desde a Segunda Guerra Mundial

Pesquisa apresenta queda em 27 dos 29 países analisados e maior declínio foi de homens norte-americanos

Postado em: 27-09-2021 às 16h09
Por: Maria Paula Borges
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Pesquisa apresenta queda em 27 dos 29 países analisados e maior declínio foi de homens norte-americanos | Foto: Reprodução

A pandemia da Covid-19 causou em 2020 a maior redução na expectativa de vida desde a Segunda Guerra Mundial. O estudo publicado nesta segunda-feira (27/09) pela Universidade de Oxford aponta que a expectativa de vida de homens nos Estados Unidos (EUA) caiu em mais de dois anos.

A expectativa de vida caiu mais de seis meses em comparação com 2019 em 22 dos 29 países que foram analisados e o estudo abrange Europa, Estados Unidos e Chile. Além disso, houve redução geral na expectativa de vida em 27 dos 29 países analisados.

Segundo a universidade, a maioria das reduções em diferentes países pode estar ligada às mortes oficiais por Covid-19. Foram quase 5 milhões de mortes relatadas causadas pelo coronavírus até o momento. “O fato de nossos resultados destacarem um impacto tão grande que é diretamente atribuível à Covid-19 mostra o quão devastador foi para muitos países”, disse a coautora do artigo, Ridhi Kashyap.

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Houve quedas maiores na expectativa de vida dos homens do que das mulheres na maioria dos países. O maior declínio foi entre os homens norte-americanos, os quais viram a expectativa de vida cair 2,2 anos em relação a 2019. No geral, os homens perderam mais de um ano em 15 países, em comparação com as mulheres em 11 países, eliminando o progresso na mortalidade que havia sido feito nos 5,6 anos anteriores.

Em relação aos EUA, o aumento da mortalidade ocorreu principalmente entre pessoas em idade produtiva e menores de 60 anos. Já na Europa, as mortes entre pessoas com mais de 60 anos contribuíram de forma mais significativa.

Além disso, Kashyap apelou a mais países, incluindo nações de baixa e média renda, para disponibilizar dados de mortalidade para estudos futuros. “Pedimos urgentemente a publicação e disponibilidade de mais dados desagregados para melhor compreender os impactos da pandemia globalmente”, disse.

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