Rússia pode ter interferido nas eleições, admite Trump

Presidente dos Estados Unidos deixa transparecer, durante entrevista coletiva, que pode ter havido interferência no pleito

Postado em: 07-07-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente dos Estados Unidos deixa transparecer, durante entrevista coletiva, que pode ter havido interferência no pleito

O presidente Donald Trump disse ontem, durante uma entrevista coletiva, que a Rússia pode ter interferido nas eleições norte-americanas que o elegeram. Direto de Varsóvia, na Polônia, Trump foi evasivo ao dizer que pode ter havido uma interferência da Russia, mas também de outros países. “Ninguém sabe ao certo […]. Eu penso que a Russia pode ter interferido, e acho que muitas pessoas interferiram.”

Trump está na Polônia para uma agenda bilateral com o presidente polônes,  Andrzej Duda e teve um encontro com líderes do país e também da Croácia. Ontem ainda, ele iria para Hamburgo, na Alemanha onde deve se encontrar com a primeira ministra alemã, Angela Merkel e participar também da reunião da Cúpula do G20.

Está previsto ainda um encontro entre ele e o presidente russo, Vladmir Putin. Após as declarações do presidente dos EUA na coletiva, o Kremlin disse a imprensa internacional em Moscou que “não concorda com as afirmações de Trump”. O presidente americano também disse que estaria trabalhando com aliados para “combater as ações da Rússia e seu comportamento desestabilizador.”

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O FBI investiga a interferência de hackers da Rússia nas eleições presidenciais de 2016. O próprio Donald Trump é acusado pelo ex-diretor da instituição, James Comey, de obstrução de Justiça. Segundo Comey, ele teria sido demitido por Trump, ao recusar abandonar as investigações sobre a interferência russa.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov disse agência Reuters que o país reprova as declarações de Trump. “Nós não concordamos com essa abordagem.”

Peskov também explicou que o governo russo espera o primeiro encontro entre os dois presidentes justamente para resolver o que chamou de “falta de entendimento entre a Rússia e os Estados Unidos sobre expectativas para as suas futuras relações”.

Na coletiva Trump também voltou a criticar a rede CNN ao dizer que a empresa  se dedica a veicular notícias falsas. Ele disse que CNN “levou muito a sério” a postagem do vídeo na página dele do Twitter, em que colocou um vídeo-montagem, no qual ele aparece derrubando e espancando uma pessoa com a logomarca da CNN no rosto.

“Eles [CNN] tem sido notícia falsa por um longo tempo e eles têm me coberto de forma desonesta”, disse. Com relação à Coreia do Norte, Trump afirmou que está pensando em reagir de forma muito “séria” para responder às ameaças nucleares de Pyongyang.(Agência Brasil) 

Coreia do Norte é perigosa 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem, em Varsóvia, na Polônia, que haverá consequências “muito ruins” e “perigosas” para o comportamento da Coreia do Norte: “é preciso fazer alguma coisa” sobre o assunto.

Em uma entrevista coletiva conjunta com o presidente polonês, Andrzej Duda, Trump disse que não quer que a Coréia do Norte se torne uma nova Síria e pediu às nações aliadas para se juntarem não só para combater o terrorismo jihadista, mas também a ameaça norte-coreana.

Trump acrescentou que os EUA estão analisando várias medidas “severas” contra  a Coreia do Norte, mas se recusou a responder quando questionado sobre uma possível resposta militar contra a Coreia do Norte.

“Eu não vou traçar linhas vermelhas”, disse Trump, ao lembrar o que classificou como o “grande erro” de seu antecessor, Barack Obama, que estabeleceu um limite – uma “linha vermelha” – para o uso de armas químicas na Síria. Para Trump, Obama não cumpriu a ameaça que fez, depois que ficou comprovado que o presidente sírio, Bashar al-Assad, fez uso de armas químicas.

Sobre a Síria, acrescentou que nenhum país pode permitir ataques químicos em nome da defesa da humanidade. Além disso, Trump disse que seu país está “comprometido” com a defesa da Europa e criticou a Rússia por atividades “desestabilizadoras” no continente.

Trump está na Polônia para uma agenda bilateral com o presidente polônes,  Andrzej Duda e teve um encontro com líderes do país e também da Croácia. 

Agência Brasil

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