Cúpula do G20 começa em meio a protestos

A primeira reunião foi focada no no combate ao terrorismo. Em seguida, na mesa de negociações, discutiu os dois assuntos mais espinhosos, o livre comércio e a luta contra as mudanças climáticas

Postado em: 08-07-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Cúpula do G20 começa em meio a protestos
A primeira reunião foi focada no no combate ao terrorismo. Em seguida, na mesa de negociações, discutiu os dois assuntos mais espinhosos, o livre comércio e a luta contra as mudanças climáticas

Começou na manhã da última sexta-feira em Hamburgo a Cúpula do G20, grupo que reúne os líderes das principais economias do mundo, em meio a protestos que já deixaram mais de uma centena de feridos. A informação é da Agência Télam.

A primeira reunião foi focada no no combate ao terrorismo. Em seguida, na mesa de negociações,  discutiu os dois assuntos mais espinhosos, devido à falta de consenso com os Estados Unidos: o livre comércio e a luta contra as mudanças climáticas.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, abriu o encontro de dois dias com um apelo para que os membros cooperem de maneira estrita para chegar a acordos, sem esquecer seus princípios. Merkel afirmou que espera que a cúpula consiga avançar para solucionar os problemas urgentes no mundo e acrescentou que acredita que todos os participantes trabalharão para isso.

Continua após a publicidade

Como anfitriã do encontro, a chanceler recebeu seus convidados, entre eles o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no centro de convenções da cidade, que esteve tomada por policiais para garantir a segurança das delegações, segundo a Agência EFE. 

Carta do papa

O papa Francisco enviou na sexta uma carta a Merkel, com uma mensagem aos líderes que participam do G20, em que pede “soluções não traumáticas” para a questão das migrações. “Lamentavelmente, o drama das migrações, inseparável da pobreza e acentuado pelas gerras, é uma prova de que não existem soluções imediatas e totalmente satisfatórias para os problemas mundiais”, destacou.

Francisco também pediu a redução dos níveis de conflito e do uso de armas. “É possível implementar processos capazes de oferecer soluções progressivas e não traumáticas que conduzam, em tempos relativamente breves, a uma livre circulação e à estabilidade das pessoas, que sejam vantajosas para todos”, afirmou na carta solicitada por Merkel no último encontro que tiveram, em junho. 

Trump e Putin 

Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, se reuniram na última sexta-feira (7) pela primeira vez, na cidade alemã de Hamburgo, onde participam da cúpula de líderes do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). Na oportunidade, Trump disse que espera “coisas muito positivas” da relação entre os dois países e Putin dizendo-se esperançoso de que o encontro dê “resultados”. A informação é da Agência Télam.

Em uma pausa da reunião, quando falou com a imprensa, o mandatário americano disse que a conversa entre ambos havia corrido “muito bem” e que espera que “muitas coisas muito positivas”, tanto para os Estados Unidos como para a Rússia e o mundo, ocorram após esta reunião.

Putin, por sua vez, disse estar esperançoso de que deste encontro surjam bons “resultados”, além de dizer que estava “encantado” de finalmente haver conversado em pessoa com seu par norte-americano. 

Cidade de Hamburgo se transforma em um “inferno” 

A cidade portuária de Hamburgo despertou na última sexta-feira (7) com a sensação de estar em meio a uma guerra, sacudida por uma escalada de violência sem precedentes no primeiro dia da reunião de cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). A informação é da agência alemã DPA.

Depois de uma noite de distúrbios e jogos de gato e rato entre a polícia e os manifestantes anticapitalistas, a situação se complicou nas horas que antecederam o início das deliberações de dois dias dos chefes de Estado e de Governo no centro de convenções de Hamburgo e forçou inclusive uma mudança no programa das “primeiras damas”.

Escaramuças, automóveis em chamas, bloqueios nas ruas para impedir a passagem dos convidados oficiais, esse era o panorama que oferecia a cidade na sexta-feira, vazia de habitantes mas cheia de manifestantes e policiais.

Desconhecidos puseram fogo em vários veículos em diferentes zonas da cidade e atacaram lojas e  negócios. No porto, os ativistas bloquearam um cruzamento vital, produzindo um imenso engarrafamento de caminhões. Colunas de fumaça negra se elevaram no oeste da cidade. No elegante bairro Elbchaussee (Boulevard do Elba) entre 25 e 30 carros foram incendiados. (Abr) 

Veja Também