Entenda o cenário da eleição no Chile, que escolhe novo presidente neste domingo

Pesquisas eleitorais mais recentes apontam para disputa direta entre José Antonio Kast, da extrema-direita, e esquerdista Gabriel Boric

Postado em: 21-11-2021 às 11h57
Por: Giovana Andrade
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Pesquisas eleitorais mais recentes apontam para disputa direta entre José Antonio Kast, da extrema-direita, e esquerdista Gabriel Boric. | Foto: Reprodução

O Chile vota neste domingo (21/11) para escolher, além de senadores, deputados e conselheiros regionais, o novo presidente do país. O escolhido irá suceder o conturbado mandato de Sebastián Piñera, que sobreviveu recentemente a uma segunda tentativa de impeachment. Esta é a primeira vez, em 16 anos, que nem Michelle Bachelet nem Sebastián Piñera são candidatos a presidente.

As pesquisas eleitorais mais recentes apontam para um provável segundo turno entre o deputado da esquerda, Gabriel Boric, e o candidato da extrema-direita em forte ascensão, José Antonio Kast. Caso se faça necessário, a segunda votação ocorrerá em 19 de dezembro.

Kast, de 55 anos, apresentou um crescimento vertiginoso nas últimas semanas. Abertamente apoiador do ditador Augusto Pinochet, o advogado e político fez críticas à direita tradicional e aproveitou a queda de popularidade do atual presidente para subir nas pesquisas.

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Em uma pesquisa do instituto Cadem divulgada no dia 05/11, Kast apareceu com 25% das intenções de voto, seguido por Boric, com 19% das intenções. Foi a primeira vez que o candidato da extrema-direita se impôs sobre Gabriel Boric em um possível segundo turno, vencendo por 44% a 40%, conforme o instituto.

Até então, Boric liderava a corrida. Candidato à presidência mais jovem da história chilena, com 35 anos, o ex-líder estudantil cresce na política desde 2011, quando protestou contra o ensino privado no país. Ele se destacou durante os protestos de 2019, e atuou na negociação política que levou ao plebiscito por uma nova Constituição chilena.

Candidato da esquerda com mais chances neste pleito, ao vencer as eleições primárias em julho, Boric declarou: “Se o Chile foi o berço do neoliberalismo, também será seu túmulo”.

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