“É de se esperar que as hospitalizações aumentem”, afirma OMS sobre variante Ômicron
Segundo relatório epidemiológico semanal da organização, variante já foi detectada em 57 países
Por: Maria Paula Borges
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez alerta, por meio do relatório epidemiológico semanal desta quarta-feira (8/12), sobre a disseminação da variante Ômicron. Segundo o relatório, a variante já foi notificada em 57 países e o número de pacientes que precisarão de internação hospitalar tende a aumentar.
Além disso, a OMS afirmou que são necessários mais dados para avaliar a gravidade da doença causada pela Ômicron e se suas mutações podem reduzir a proteção da imunidade induzida pelas vacinas. “Mesmo que a gravidade seja igual, ou possivelmente até menor, que a da variante Delta, é de se esperar que as hospitalizações aumentem se mais pessoas se infectarem e que ocorra um lapso de tempo entre um aumento na incidência de casos e um aumento na incidência de mortes”, afirmou.
A OMS declarou no dia 26 de novembro que a Ômicron como uma “variante preocupante”, quando foi detectada no sul da África. Esta trata-se da quinta variante da SARS-CoV-2 a receber a designação.
Na África do Sul, o número de casos de Covid-19 dobrou na semana encerrada em 5 de novembro, ultrapassando a marca de 62 mil. De acordo com a organização, os maiores aumentos de incidência são vistos na Suazilândia, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Lesoto.
Segundo a OMS, as análises preliminares indicam que as mutações reduzem a proteção da imunidade natural. “Análises preliminares indicam que as mutações presentes na variante Ômicron podem diminuir a atividade neutralizadora de anticorpos, resultando em uma proteção reduzida da imunidade natural”, disse a OMS sobre o risco de infecção.