“Deltacron”: cientistas da ilha de Chipre identificam variante que combina delta e ômicron

As sequências dos 25 casos de deltacron foram enviadas em 7 de janeiro ao Gisaid, banco de dados internacional que rastreia as alterações no vírus.

Postado em: 10-01-2022 às 10h49
Por: Ícaro Gonçalves
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As sequências dos 25 casos de deltacron foram enviadas em 7 de janeiro ao Gisaid, banco de dados internacional que rastreia as alterações no vírus | Foto: Reprodução

Autoridades de Saúde da ilha de Chipre, um país do Mar Mediterrâneo, identificaram uma nova variante do coronavírus nomeada de “deltacron”. Segundo as informações divulgadas, a cepa combina caraterísticas das variantes delta e ômicron, já identificadas e que possuem maior força de disseminação que o vírus original.

A descoberta foi relatada por Leondios Kostrikis, professor de ciências biológicas da Universidade do Chipre e chefe do Laboratório de Biotecnologia e Virologia Molecular. Ao menos 25 casos de infecção pelo vírus já foram identificados.

Ainda não se sabe qual o potencial de disseminação da nova variante. “Veremos no futuro se esta cepa é mais patológica ou contagiosa ou se vai prevalecer contra as duas cepas dominantes, delta e ômicron”, disse Kostrikis em entrevista à Sigma TV.

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Kostrikis, no entanto, disse ser provável que a nova cepa seja encoberta pela ômicron, que já se espalhou pelo mundo inteiro. Segundo a plataforma Our World in Data, mantida por pesquisadores da Universidade de Oxford, atualmente a variante ômicron responde por 95% das sequências genéticas analisadas globalmente, enquanto a delta responde por 4%.

As sequências dos 25 casos de deltacron foram enviadas em 7 de janeiro ao Gisaid, banco de dados internacional que rastreia as alterações no vírus.

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