Mortes e destruição na América Central

Em sua passagem pela América Central, a tormenta tropical atingiu ventos de até 65 km por hora. O país mais afetado foi a Nicarágua com 11 mortos e sete desaparecidos

Postado em: 07-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em sua passagem pela América Central, a tormenta tropical atingiu ventos de até 65 km por hora. O país mais afetado foi a Nicarágua com 11 mortos e sete desaparecidos

A tormenta tropical Nate provocou estragos na América Central e deixou ao menos 25 mortes, ao passar sobre Honduras, Costa Rica e Nicarágua. Na última sexta-feira (6), Nate avança sobre a Província mexicana de Yucatán e deve se transformar em furacão categoria 1, com ventos de até 150 quilômetros por hora, no mar do Golfo do México, antes de chegar à região de Nova Orleans, Lousiana, nos Estados Unidos na madrugada de deste sábado (7).

Em sua passagem pela América Central, a tormenta tropical atingiu ventos de até 65 km por hora. O país mais afetado foi a Nicarágua com 11 mortos e sete desaparecidos. Cerca de 10 mil pessoas tiveram casas danificadas. Na Costa Rica, oito pessoas morreram, e ainda há registro de 15 desaparecidas segundo o governo, que declarou estado de emergência.

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Na Costa Rica 5 mil pessoas deixaram as casas e foram para abrigos. Na região, entre quarta-feira e anteontem (5), o volume de água foi 215 litros por metro quadrado, de acordo com o Instituto de Meteorologia costarriquenho. O aeroporto internacional de San José, capital do país, teve voos internacionais interrompidos.

Se realmente subir de categoria, Nate vai se tornar o décimo quarto furacão na temporada de deste ano no oceano Atlântico. Os ventos devem atingir Nova Orleans, no sul dos Estados Unidos, no sábado. Mas a previsão é que o furacão se enfraqueça e volte à categoria de tormenta.

As previsões são de que Nate atinja, além de Lousiana, o golfo norte da Flórida, Alabama, Mississipi e Geórgia, entre sábado (07) e até o começo da semana que vem.

Não há brasileiros 

O Ministério das Relações Exteriores informou na última sexta-feira (6) que, até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas da tempestade tropical Nate, que atingiu a América Central. As autoridades seguirão acompanhando a situação por meio das embaixadas na Costa Rica, em Honduras e na Nicarágua, em coordenação com o núcleo de assistência a brasileiros, em Brasília.

“O Brasil expressa suas condolências às famílias das vítimas e votos de pronta recuperação aos feridos e manifesta solidariedade aos povos e governos desses países”, disse o Itamaraty, em nota.

Nate provocou estragos na América Central e deixou ao menos 25 mortes, ao passar por Honduras, Costa Rica e Nicarágua. Na sexta, a tempestade avançou sobre a província mexicana de Yucatán e pode se transformar em furacão de categoria 1, com ventos de até 150 quilômetros por hora, no mar do Golfo do México, antes de chegar à região de Nova Orleans e Lousiana, nos Estados Unidos na madrugada de sábado. Se realmente subir de categoria, Nate vai se tornar o 14° furacão da temporada deste ano no Oceano Atlântico. (Agência Brasil) 

Recuperação do Caribe poderá levar décadas

 O diretor-geral para a América Latina do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Miguel Barreto, estimou na última sexta-feira (6) que os países afetados pelos furacões no Caribe demorarão pelo menos várias décadas para recuperar a via do desenvolvimento e apontou para a necessidade de cooperação da comunidade internacional. As informações são da EFE.

“O impacto de um furacão em uma ilha gera espaços muito longos de recuperação porque as atividades principais destinadas ao turismo vão estar limitadas por um tempo e as atividades agrícolas de subexistência nacional também”, disse Barreto à Agência EFE.

“O tempo de um país para se recuperar dependerá da capacidade de financiamento e de implementação dos programas, mas gera, sem dúvidas, uma hipoteca a médio e longo prazo porque depende não só deles, mas do financiamento que recebam”, disse Barreto.

O representante do programa das Nações Unidas foi à capital europeia para conseguir apoio ao financiamento dos programas de assistência, após os furacões Irma, Maria e José, que deixaram enormes danos na região caribenha e a necessidade “urgente” de US$ 20 milhões para as operações de ajuda.

Barreto sublinhou que um dos programas, o Programa Alimentar Mundial, é financiado voluntariamente pelos países e que a UE é um dos principais doadores. Ele ressaltou que “é importante conversar sobre o que está ocorrendo porque milhões de pessoas ainda requerem apoio”.

O diretor-geral demonstrou preocupação diante da onda “incomum” de furacões de categoria 5. Segundo ele, a temporada ainda não acabou e o auge é geralmente no mês de outubro. “Evidentemente o excesso de furacões se deve ao aquecimento das águas e isto tem um vínculo direto com a mudança climática”, concluiu.

Barreto mencionou em particular a devastação em Dominica, afetada pelo furacão Maria, de pouco mais de 70 mil habitantes e com uma destruição de 80% de seus edifícios, e um desabastecimento alimentar que requer “ajuda urgente”.

O PAM prepara uma operação no país para assistir 25 mil pessoas nos próximos meses. 

Informações Agência Brasil.  (Foto: Reprodução)

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