Número de mortos em atentado passa de 200

O atentado atingiu o Hotel Safari e um concorrido mercado de Mogadiscio, na Somália

Postado em: 16-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O atentado atingiu o Hotel Safari e um concorrido mercado de Mogadiscio, na Somália

O duplo atentado com caminhões-bomba que sacudiu a capital de Somália neste sábado (14) converteu-se em um dos piores ataques das últimas décadas neste país africano. O número de vítimas chegou a 215 e, segundo fontes hospitalares, há 350 feridos.

O atentado atingiu o Hotel Safari e um concorrido mercado de Mogadiscio. A maioría dos mostos eram civis, principalmente vendedores ambulantes que comerciavam em una das ruas mais movimentadas da cidade. Segundo o portal de notícias local Radio Garowe, um importante funcionário do Ministério do Comércio é uma das vítimas.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha confirmou, em um comunicado, que quatro de seus colaboradores locais morreram no atentado, mas este número pode aumentar porque muitos membros da organização estão desaparecidos.

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O presidente de Somália, Mohamed Abdullahi Farmajo, decretou três días de luto e fez um apelo urgente à população para que doar sangue aos hospitais, muitos sem condições de atender e salvar a vida dos feridos.

Situada na costa leste do continente, na região conhecida como Chifre da África, a Somália tem mais de 10 milhões de habitantes e é um país de maioria muçulmana.


Paquistão

Um atentado com bomba neste domingo (15), matou quatro soldados e feriu três em áreas tribais do Paquistão. O ataque ocorreu quando  tropas paquistanesas buscavam os sequestradores do casal Joshua Boyle e Caitlan Coleman e de seus três filhos, cuja libertação nessa região foi anunciada na quinta-feira passada.

O Departamento de Comunicação do Exército paquistanês informou, em comunicado, que os quatro soldados morreram na explosão de um artefato explosivo improvisado em Kharlachi, na zona tribal de Kurram, no noroeste do país. “As tropas faziam parte de uma equipe de busca dos sequestradores dos estrangeiros resgatados no outro dia”, informou o comunicado.

O principal grupo talibã paquistanês, Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), reivindicou a autoria do atentado em um comunicado emitido por seu porta-voz, Mohammed Khurasani.

O primeiro-ministro paquistanês, Shahid Khaqan Abbasi, também divulgou nota na qual lamenta a morte dos soldados, “que sacrificaram a vida defendendo a mãe-pátria das forças do mal”.

O Exército paquistanês tinha anunciado quinta-feira o resgate da família na zona de Kurram. O casal e os três filhos foram sequestrados no Afeganistão em 2012.

Ao chegar a Toronto, Joshua Boyle pediu ao governo afegão que persiga a rede Haqqani, grupo guerrilheiro vinculado aos talibãs, e disse que os sequestradores chegaram a estuprar sua mulher e mataram uma filha, que nasceu em cativeiro, como os outros três filhos do casal, que sobreviveram.

A liberdade da família ocorre em um momento de tensão entre o Paquistão e os Estados Unidos, após o presidente americano, Donald Trump, ter afirmado em 21 de agosto que Islamabad tinha “muito a perder” caso continuasse “abrigando” terroristas. (Agência Brasil) 

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