Conheça o caso da viúva belga que dormiu com o cadáver do marido durante um ano

Caso aconteceu em Bruxelas em 2013. Segundo informações, o marido da acusada havia morrido em novembro de 2012

Postado em: 14-03-2022 às 15h27
Por: Maria Paula Borges
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Caso aconteceu em Bruxelas em 2013. Segundo informações, o marido da acusada havia morrido em novembro de 2012 | Foto: Caters News Agency

As autoridades policiais da Bélgica receberam uma denúncia, em novembro de 2013 de um proprietário de um apartamento sobre o atraso de aluguel de uma das inquilinas. Teoricamente, apenas uma idosa viúva, chama Ghita, ocupava o imóvel e, conforme a denúncia, não havia pagado o aluguel desde o ano anterior. Ao chegar no local, as autoridades encontraram o cadáver de seu marido, praticamente mumificado, na cama em que Ghita dormia.

Segundo apurações das autoridades, o corpo do cadáver, que se tratava de Marcel, finado marido de Ghita, estava em visível estado de decomposição, mas “estranhamente bem conservado”. Marcel havia morrido em novembro de 2012, decorrente de um ataque de asma.

A viúva foi levada pela polícia para avaliação psiquiátrica. Um fato que chamou a atenção foi que Ghita conseguiu manter o segredo durante um ano após a morte do esposo, surgindo o questionamento sobre como foi possível, esclarecido por especialistas.

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De acordo com Philippe Boxho, patologista do Centro Forense de Liège, Bélgica, certas circunstâncias possibilitam que um corpo seja mumificado naturalmente. “Sob determinadas circunstâncias do ambiente, é possível que um corpo seja mumificado naturalmente, estando em um local seco e quente, preservando-se”.

Além disso, o patologista explicou que é preciso pelo menos uma semana para chegar ao estado em que foi encontrado. “Neste caso, o corpo apodreceu na cama e seus órgãos internos derreteram. O líquido se espalhou na cama e o local ficou repleto de insetos. Mesmo que o cheiro seja bastante específico, a maioria das pessoas relacionam com o cheiro de lixo”.

Na ocasião, Philippe pontou ainda que não foi a primeira fez que se deparou com um caso como esse. “Já tive uns dois ou três casos como esse, onde as pessoas continuaram a dormir com o corpo do seu parceiro”, afirmou, ressaltando que as pessoas não conseguem vencer o luto, preferindo permanecer com os parceiros por perto.

Os vizinhos informaram que Ghita dizia que, durante o ano, o marido estava “recebendo tratamento” fora da cidade, despistando desconfianças.

Após a descoberta do cadáver, os familiares de Marcel exigiram o enterro e Ghita concordou em ser internada em hospital psiquiátrico durante a investigação do caso. O desfecho do caso é desconhecido.

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